ALUMÍNIO BRASILEIRO - soluções para uma vida sustentável

ALUMÍNIO BRASILEIRO SOLUÇÕES PARA UMA VIDA SUSTENTÁVEL 13 DESAFIOS E OPORTUNIDADES DA INDÚSTRIA DE ALUMÍNIO NO BRASIL a se concentrar em infraestrutura, logística, eficiência e responsabilidade socioambiental da operação de mineração. Assumindo uma demanda global de alumínio de cerca de 84 milhões de to- neladas de alumínio primário em 2025, a oferta de bauxita precisaria atingir cerca de 420 milhões de toneladas, fato importante para países exportado- res do minério. Na China, o grande aumento de produção de alumínio primário, associado à diminuição de suas reservas de bauxita, levou o país a buscar ou- tros fornecedores, estimulando alguns países que rapidamente passaram a desenvolver sua mineração, para exportar e abaste- cer a indústria chinesa. Este é o caso da Indonésia, que chegou a responder por 70% das importações de bauxita pela China, produzindo cerca de 12 milhões de toneladas anuais (12% do volume mundial), até o governo decretar uma paralisação de suas atividades em 2014, devido a problemas socioambientais. Com isto, a Malásia se tornou um fornecedor importante para a China. Parte da mi- neração de bauxita naquele país é realizada por empresas de pequeno porte, desobrigadas de realizar estudos de impacto ambiental para atividades em áreas menores que 100 hectares. Essa dinâmica gera uma série de problemas sociais e ambien- tais, tais como emissões de poeira e ruídos para as comunida- des no entorno das minas, um conjunto de fatores que também levou à paralisação das atividades de mineração de bauxita na Malásia em janeiro de 2015. As condições de retomada de produção nesses países ainda estão sendo negociadas, mas fica claro que a cadeia de valor do alumínio e a pressão de demanda da China tem implicações globais. O Brasil, como terceira maior reserva de bauxita no mundo e com ótima qualidade no minério, pode aumentar suas exportações, beneficiando-se dessa tendência no mercado de bauxita, mesmo considerando o risco do aumento do custo do frete marítimo. Quanto à alumina, o fechamento de capacidade em plantas no Atlântico também abre oportunidades para o Brasil, que detém um polo importante de produção de alumina no norte do País, su- prida por reservas na Amazônia, abundantes e de alta qualidade. Energia Para a produção primária do alumínio, os principais fatores de decisão loca- cional são a disponibilidade de energia competitiva e logística eficiente. Nesse contexto, muitas plantas foram construídas na década de 80 e até o final dos anos 90 e se posicionavam no primeiro ou segundo quartil da curva global de custo de alumínio. No entanto, o que se passou a observar a partir do final dos anos 2000 é uma mudança desse paradigma. Em todo o mundo, os contratos de suprimento de energia para as plantas de produção primária de alumínio precisam ser de longo prazo. A alterna- A produção de alumínio no Brasil, apesar da conjuntura atual desfavorável, pode apresentar perspectivas de retomada de investimentos, que dependerão da recuperação do crescimento no País e de políticas e ações conjuntas que encontrem maneiras de melhor aproveitar os recursos naturais disponíveis para valorizar nossas vantagens competitivas, como a energia limpa e renovável.

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