Jornal da COMUNICAÇÃO CORPORATIVA | Especial O ANO DA PANDEMIA
OANODAPANDEMIA 13 A General Motors do Brasil é a maior subsidiária da Gene- ral Motors na América do Sul e a segunda maior opera- ção do grupo fora dos Estados Unidos. Na América do Sul, a mon-tadora também possui fábricas instaladas na Argen- tina (no Complexo Industrial de Rosário), Equador e Colômbia e na região, reúne cerca de 18 mil trabalhadores. Como a GMmantém uma grande operação na China, acom- panhou de perto a evolução da pandemia iniciada na cidade de Wuhan, desde o final de 2019 e, com a disseminação do vírus, as suas foram as primeiras fábricas a serem fechadas. No início de março de 2020, a GM do Brasil entendeu o tamanho e profundidade da situação. Com uma decisão da CEO Global, Marry Barra , a montadora implementou globalmente, desde de 16 de março, o regime de trabalho home office para todos os colaboradores administrativos. Para Nelson Silveira , Diretor de Comunicação Corporativa e de Marca da General Motors América do Sul, o grande impac- to aconteceu no dia 13 de março, quando a companhia estava as vésperas do lançamento do novo SUV Tracker, um dos pro- dutos mais importante da montadora. “Da sexta-feira, dia 13 até a quarta-feira, dia 18, tivemos que transformar um evento presencial, que seria realizado no Expo São Paulo para mil pes- soas, no primeiro evento cem por cento virtual na história da indústria automotiva do Brasil.”, comenta. Como toda grande companhia, a GM Global possui proces- sos de gestão de crises. Por meio desses processos, a monta- dora conseguiu reunir rapidamente os comitês de crise para a tomada de decisões. “Imediatamente nos reunimos, quase que instantaneamente, liderados pelas áreas de Comunica- ção e Marketing”, revela Silveira. Ainda de acordo com ele, a montadora, junto com o sindicato dos empregados, tomou a decisão de parar a produção. “Tivemos discussões contratuais com o sindicato que foram definidas em assembleia, e o papel da Comunicação foi fundamental naquele momento de inter- locução”, conta o diretor. Assembleias virtuais foram feitas e acordos junto aos sindicatos para gerar engajamento e aprovar as medidas de garantia de emprego. A crise acelerou a transformação digital e os aplicativos de comunicação e mensagem instantânea foram essenciais para es- tabelecer uma ponte comos colaboradores e comitês, alémde di- vulgar as iniciativas da companhia para preservar os empregos e garantir a segurança dos trabalhadores. “Todas as medidas, como o distanciamento social, uso de máscara e álcool em gel, passa- ram pela comunicação por meio desses aplicativos, mobilizando a todos em torno dos protocolos de segurança”, disse. Mas, as ações no contexto de enfrentamento da pandemia foram além dos limites da companhia e ela foi uma das primei- ras marcas a se engajar no esforço, que mais tarde ganharia contornos nacionais, de fortalecimento das relações Público/ Privadas de combate à Covid-19. A GM liderou uma força tarefa voltada à recuperação de respiradores hospitalares por todo o Brasil. A quantidade deste equipamento, essencial no aten- dimento aos doentes de Covid em estado grave, se mostrou insuficiente diante do número de casos que cresciam em velo - cidade quase que exponencial. A montadora passou, então, a recuperar respiradores que estavam inoperantes por falta de manutenção, em um esforço conjunto com companhias aére- as que buscavam esses equipamentos nos quatro cantos do O impacto da mudança e a capacidade de adaptação GENERAL MOTORS Nelson Silveira, Diretor de Comunicação da General Motors
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