21 O ano de 2022 termina como uma espécie de maratona, ao longo da qual nos defrontamos, no Brasil, com uma série de variáveis de densidade considerável. No quadrante da política fez parte desse cardápio um ruidoso processo eleitoral; no cenário econômico as questões sensíveis como a alta de inflação e juros, além do debate sobre desequilíbrio fiscal, ficaram sob os holofotes; na área social temas como o avanço da insegurança alimentar e a ampliação de programas de combate à pobreza estiveram em evidência; ao mesmo tempo, as discussões sobre os desafios ambientais trouxeram o Brasil de volta à condição de parte da solução no que diz respeito ao futuro do planeta. Já na esfera do ambiente corporativo, ganharam força os movimentos em direção a compromissos concretos em ESG, diversidade e inclusão. Evidentemente, todas essas dimensões sobrepostas impactaram o mercado da comunicação e exigiram dos profissionais da área uma camada adicional de resiliência, agilidade e criatividade. Recente pesquisa feita nos Estados Unidos com 1.500 profissionais de PR apontou que eles se sentem valorizados por suas organizações e suas lideranças (índice 4 numa escala que ia de zero a 5). Além disso, dois em cada três profissionais entrevistados afirmaram que suas áreas estão sendo ouvidas em importantes processos de decisão nas empresas. Não se pode dizer que tais números encontram exatamente um paralelo no Brasil, mas é certo que profissionais e agências de PR se sentam cada vez mais na mesa onde as decisões são tomadas. O certo é que 2023 representará uma nova rodada de oportunidades para profissionais e agências de PR mostrarem o valor de suas contribuições para o próprio negócio das organizações que representam. E isso vai requerer, antes de mais nada, repertório de qualidade.
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