JCC Especial | MegaBrasil 30 anos

6 Mega Brasil 30 anos consistência e uma efetiva prestação de serviços ao nosso público, que são os profissionais de comunicação. Um registro importante é a serenidade e a amizade que sempre a permeou a dupla nessas três décadas. Prova maior disso é que mesmo diante da dupla jornada traçada pelo Eduardo, ora na Mega, ora na Jornalistas Editora não trouxe abalo na convivência empresarial de ambos. Eduardo divide a gestão da Mega com Marco e continua tocando sozinho o Jornalistas&Cia, que é um produto de uma outra empresa, a Jornalistas Editora, que tem apenas um vínculo afetivo com a Mega, sem qualquer participação no negócio. Essa dicotomia empresarial, aliás, é frequentemente tema de alguma confusão no mercado. Para muitos, Jornalistas&Cia é um projeto da Mega Brasil, sobretudo porque ele nasceu e foi transmitido pela primeira vez na redação do Jornal da Vila Mariana, que está na origem da Mega Brasil. Para aumentar a confusão, a Jornalistas Editora funcionou por um tempo dividindo espaço com a Mega Brasil, na Vila Mariana. Então, como culpar o mercado, não é? Essa percepção, aliás, está presente e pode ser vista em dezenas de depoimentos que recebemos sobre essa nossa jornada. Quando alguém me pergunta a diferença entre os dois projetos, digo que o olhar da comunicação corporativa é da Mega, e o olhar do jornalismo é do Jornalistas&Cia, mas é inevitável que em alguns momentos sejamos até concorrentes. Principalmente porque o conteúdo produzido pelos veículos da Mega Brasil, principalmente os canais de streaming – Rádio e TV – têm um viés jornalístico. E neste aspecto acabamos sendo concorrentes na disputa pela cobertura e pela notícia porque cada vez mais, na comunicação, as fronteiras e territórios têm sido derrubados. Hoje a confusão é até um pouco maior, ao se juntar a esses dois negócios o GECOM – Grupo Empresarial de Comunicação, mantenedor do Prêmio Jatobá PR e do Banco de Cases. É uma terceira empresa, que tem Mega e Jornalistas como sócias, ao lado do Grupo Boxnet e da Business News. E aí, outra confusão, pois dada a afinidade entre esses parceiros, muita gente jurava de pé junto que Maxpress (antecessora da Boxnet) e Mega Brasil fossem uma coisa só! Olha, que para aturar esses dois librianos – sim, porque eu sou de 9 e o Marco de 12 de outubro – só mesmo uma aquariana. A Célia Radzvilaviez, tem sido o nosso ponto de equilíbrio (ou de desequilíbrio, dependendo do ponto de vista), que nos faz aterrissar sempre que nos dispersamos em ilações e viagens maionese adentro. Por um período, também tivemos a Alice Ribeiro, compondo um quarteto – ela minha esposa, e a Célia, do Marco. Mas se os filhos do Eduardo e Alice – Narjara, Ingrid e Vinícius – acabaram envolvidos, ainda pequenos, na labuta, em especial na distribuição do Jornal da Vila Mariana, não é menos verdade que a Duda (Maria Eduarda), filha de Célia e Marco, foi literalmente criada dentro da Mega Brasil e ainda bebê já estava lá, no bercinho, ao lado da mesa da mãe. Aos cinco anos de idade ela ganhava 50 centavos do pai para passar entre as mesas esvaziando os cestos de papel. E assim foi o tempo todo, a ponto de ela escolher a carreira de RP e de ter estagiado na própria Mega, antes de alçar voo próprio. Num evento que organizamos em Brasília, com a Duda recém nascida, Alice e Célia foram na frente para organizar o local onde o seminário seria realizado, e eu e o Marco fomos depois, com a Duda a tiracolo. Ela tinha uns sete ou oito meses. Chamou a atenção de toda a tripulação e dos demais passageiros, lembrando que eram tempos ainda menos tolerantes que os atuais. Pelo saguão do aeroporto não havia quem não olhasse para o casal. Nós dois de terno – afinal, estávamos indo par Brasília, não é? – eu, levando a Duda no colo e dando de mamar para ela, enquanto o Edu carregava nossas pastas de trabalho e uma bolsa térmica rosinha da Duda, pendurada no ombro. Não Em 2019, na visita técnica para a realização do Congresso 2020, a dupla nem imaginava que a Pandemia os colocaria diante de um dos maiores desafios profissionais de suas vidas. A foto feita no Unibes Cultural era quase profética: “juntos somos mais fortes. Estamos prontos para o que der e vier”.

RkJQdWJsaXNoZXIy NDU0Njk=