JCC Especial | MegaBrasil 30 anos

47 Mega Brasil 30 anos Do Fax aos governadores Covas e Alckmin, boas lembranças A internet ainda engatinhava - poucos se gabavam de ter um PC 286. E-mail não frequentava nem mesmo o imaginário. Mas tínhamos as revolucionárias máquinas de fax, que garantiam a comunicação instantânea. Falo de 1995, ano de estreia do FaxMOAGEM, herdeiro da coluna Moagem, que já fazia sucesso no Unidade, jornal do Sindicato de Jornalistas Profissionais do Estado de São Paulo. Tive a honra de integrar o grupo que recebeu o FaxMOAGEM número zero (um ou dois, não me lembro mais). Ler as edições semanais era obrigatório para se manter informado sobre o vai e vem do mercado; saber das demissões e contratações, dos terríveis passaralhos nas redações, dos currículos profissionais disponíveis para contratação. Costumava dizer que ninguém torcia para ter seu nome estampado no Moagem, mas tê-lo lá depois de uma demissão era um passaporte para o emprego seguinte. De lá pra cá, a iniciativa cresceu e se multiplicou. Tornou-se Jornalistas&Cia e viu também a Mega Brasil, sua incubadora, se consolidar no mercado com a promoção de debates e outros conteúdos focados na comunicação corporativa. Ambos fizeram e fazem história, tanto que é até difícil separar um do outro. Creio que de certa forma contribui um pouquinho nessa caminhada, ainda que à época não soubesse disso. Estávamos no ano 2000. A Mega, com arrojo e dificuldades imensas, lançou o Congresso Brasileiro de Comunicação no Serviço Público, uma iniciativa inédita entre nós. Nossa equipe da Coordenadoria de Imprensa do Governo do Estado de São Paulo incentivou a iniciativa e, claro, garantiu a presença do governador em exercício, Geraldo Alckmin, na palestra de abertura do evento. A presença dela conferiu peso não só à promoção em si, mas à comunicação no serviço público. Quanto ao FaxMOAGEM, faço aqui uma confidência: não raro, o governador Mario Covas pedia o exemplar semanal para esta assessora de imprensa aqui. Ele, sem dúvida, sabia das coisas. Parabéns a toda a equipe da Mega Brasil pelos 30 anos, e um viva muito especial aos competentíssimos e incansáveis Eduardo Ribeiro e Marco Rossi. Mary Zaidan Jornalista, ex-Assessora de Imprensa do Governo do Estado de São Paulo Uma palestra literalmente fora da caixa sobre “o fim da empresa” Durante 20 anos vesti-me de empresário de relações públicas em geral e com a imprensa em particular, a partir de 1991, quando fundei a agência MVL Comunicação – que se tornou conhecida especialmente por sua expertise em gestão de crise e em confrontar o estabelecido. Bem, a vida andou, deixei a empresa, fui para um mosteiro, voltei, a MVL nem existe mais. Voltei para o jornalismo. Nos anos de empresa, participei de um sem número de congressos da Mega Brasil. Lembro em especial de um deles, quando ainda acontecia no Centro de Convenções Rebouças. Fui falar sobre um tema polêmico, “O fim da empresa” - otimista e utópico, considerava que poderíamos ingressar num tempo de superação das empresas como institutos da modernidade, hierárquicos e brutais. Foi reservada uma sala pequena para o evento, e apareceu um monte de gente. Pedi para mudar para outra maior, o que não era possível. Então fizemos a conferência, “a céu aberto”, fora das salas. Foi um sucesso e muito divertido. Mas eu estava errado. As empresas estão aí, como expressão do capitalismo e da modernidade: ainda hierárquicas e brutais. Mauro Lopes Âncora do Fórum Café, jornal matinal da TV Fórum

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