29 Mega Brasil 30 anos Anotação de Baraldi no evento da Mega Fui notícia. Virei leitor assíduo Acompanho as iniciativas da Mega Brasil desde que iniciei minha trajetória na indústria da comunicação empresarial, faz quase 30 anos. Lembro-me que a primeira nota sobre meu ingresso, em 1994, no Grupo Brasmotor, foi divulgada por uma iniciativa que ainda nem era da empresa, mas de um dos sócios dela, Eduardo Ribeiro, que era o titular da coluna Moagem, então publicada no jornal Unidade, do Sindicato dos Jornalistas do Estado de São Paulo (brilhante sacada, que contribuiu de certo modo para pavimentar o caminho de sucesso de vários dos empreendimentos que ele e o Marco Rossi viriam a desenvolver). Desde então, sou um leitor assíduo e interessado de todas as publicações da Mega Brasil, em especial do Anuário da Comunicação Corporativa, uma das mais importantes fontes de informação e consulta sobre o mercado brasileiro da comunicação empresarial. Rodolfo Witzig Guttilla Sócio Fundador da CAUSE, consultoria de Advocacy e defesa de interesses públicos Nota dos editores A Mega Brasil também deve um reconhecimento especial ao Rodolfo Guttilla, pelo apoio que sempre deu às nossas iniciativas. Assim o fez como executivo de grandes corporações, como presidente da Aberje e, agora, como sócio diretor da CAUSE. A vidência de Pedro Doria. Eu estava lá Minha relação com a Mega Brasil é antiga e com o Eduardo Ribeiro, muito mais. Somos amigos e companheiros de muitas jornadas. Mas teve um dia em que um evento organizado por ele me deixou assustado com o futuro. Foi em fevereiro de 2013, durante o seminário “Caminhos da sustentabilidade: como as novas tecnologias estão impactando o modelo de negócios na imprensa”, promovido pela Mega Brasil. Era um painel com gigantes: Sérgio Dávila, da Folha de S.Paulo, Vera Brandimarte, então no Valor Econômico, e Pedro Doria do Globo. A mediação era do jornalista e ex-ministro Miguel Jorge. Foi um debate interessante sobre como o avanço da internet mudava os hábitos de consumo de informação e, consequentemente, a relação do público com os meios de comunicação. Muitas experiências foram debatidas, o New York Times apontado como exemplo e referência, a internet como um gigante que se expandia e se acomodava e como um oráculo que lutávamos para entender. Pedro Doria, então, me assustou. Ele disse que a internet poderia provocar a polarização política, por ser capaz de isolar as pessoas em bolhas frequentadas apenas por indivíduos que pensariam como elas. O uso intensivo deste canal empobreceria o debate, aumentaria os contrastes, inibiria as sutilezas e diversidade do pensamento. Achei uma projeção terrível demais e saí de lá com medo do futuro. Mal sabia eu o que estava por vir.... Roberto Baraldi Executivo da equipe de Comunicação da Stellantis
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