13 Mega Brasil 30 anos Com sete anos, já estava na lida distribuindo o Jornal da Vila Mariana Minha história com a Mega Brasil começa antes mesmo de eu me entender por gente. Nos primórdios, ainda como M&A Editora, eu ficava muito feliz em entregar o Jornal da Vila Mariana em todo o bairro. Com sete, oito anos na época, e acompanhado de meu pai, sensibilizava alguns moradores e sempre ganhava um copinho de água ou algum mimo ao entregar o jornal de porta em porta. Foram muitos dias vivendo naquele primeiro escritório, onde tudo começou, na Rua Humberto I, de onde meu pai e o Marco não saiam de jeito nenhum. Tempos depois veio a grande escola, que adiante se tornaria uma das minhas principais atividades profissionais: eventos. Foram dias e noites intermináveis ajudando na produção dos famosos congressos de comunicação, seja carregando equipamentos e cargas no “marcomóvel” (um carrinho de rolimã improvisado que era usado para ajudar na logística de carga e descarga), enrolando crachás ou qualquer outra função que me fosse atribuída. E eu fazia com gosto, para mim era uma alegria poder ajudar, me sentir útil e ainda ganhar um “troquinho” e algo de comer por isso. O que mais um menino entre seus 10 e 13 anos poderia querer? Mas esses eventos ainda me moldaram para ser o profissional que sou hoje pois, além da ajuda braçal, eu ainda tinha a oportunidade de estar presente nas palestras e conferências que me interessavam. Um aprendizado que não tem preço e que vou carregar pelo resto dos meus dias. Para um adolescente, e depois um universitário, poder absorver todo aquele conteúdo e conviver com grandes nomes da comunicação e do jornalismo brasileiro era tudo que eu precisava para me tornar um comunicador, como de fato hoje sou. Os dias passaram, fiz um pouco de tudo na vida pessoal e profissional, mas devo muito por aquele tempo entregando jornais, produzindo eventos e assistindo aos congressos. Parabéns pelos 30 anos. Vinicius Ribeiro Diretor de Novos Negócios da Jornalistas Editora Nota dos editores A bem da verdade é preciso dizer que não era trabalho escravo e muito menos exploração do trabalho infantil!!! Muitas vezes não tínhamos com quem deixar os filhos e eles iam juntos e aproveitavam para nos ajudarem. Caso da Maria Eduarda, que foi nossa mascote desde os primeiros dias de vida, no escritório da Mega. Paradigma da comunicação corporativa Minha história com a Mega Brasil está envolvida com o jornalismo empresarial, tema principal dos comunicadores nas décadas de 1970 e 1980. Teria muita coisa a contar. Lembrei-me, então, do tempo em que traduzia a Eneida, de Virgílio, e das palavras de Enéias (I, 203) encorajando seus companheiros ao dizer-lhes Forsan et haec olim meminisse juvabit – Talvez algum dia nos sentiremos bem ao recordar essas coisas. Que coisas? Cadernos Proal, Projornal, Informativo Proal, Panorama da Comunicação Empresarial (Aberje), Informativo Aberje, Encontros de Editores, Cursos de Jornalismo Empresarial, Encontros Nacionais de Editores, Prêmio Aberje para Revistas e Jornais de Empresa e outras iniciativas que culminaram com a criação de importantes associações dedicadas ao estudo da comunicação, de assessoria de imprensa e de relações públicas. Na década de 1990, inspirados pelo jornalismo empresarial, Marco Antonio Rossi e Eduardo Ribeiro iniciaram o empreendimento que se tornou mais tarde a Mega Brasil que, desde então, começou a revolucionar os destinos da comunicação em suas diferentes inter-relações sociais e mercadológicas de forma cada vez mais ampla.
RkJQdWJsaXNoZXIy NDU0Njk=