JCC Especial | MegaBrasil 30 anos

125 Mega Brasil 30 anos A vida no tempo real Em 1991, eu trabalhava na Folha de S.Paulo, onde já tinha sido correspondente em Washington-DC, repórter e editor-assistente de Economia. Fui convidado para participar de um projeto muito inovador. A Agência Estado iria iniciar uma nova área de negócios com a produção de conteúdos destinados ao mercado corporativo. Os formatos de distribuição previam envio de boletins por fax e de notícias e cotações em tempo real através do sinal FM de rádio, por uma empresa recém adquirida pela Agência Estado, a Broadcast. Não existia celular nem internet no Brasil, que chegaram ao País em 1993 e 1995, respectivamente. Muito menos google ou whatsapp. Não havia computadores com mouse nas redações. Falávamos diretamente com as fontes. Feita a apuração e checagem, a notícia ia direto para a tela dos assinantes do Broadcast. Para quem se informava usando os jornais com notícia do dia anterior, era a corrida do ouro e estávamos, sozinhos, vendendo as únicas pás do mercado. Os produtos da Agência Estado eram disputados a tapa. Nessa fase, fizemos cursos em parceria com a Mega Brasil para ensinar as assessorias de comunicação sobre como lidar com a novidade. O tempo real se tornou o padrão da comunicação. Para o bem, proporcionou mais acesso às informações. Para o mal, criou uma indústria de disseminação de notícias falsas. Alcides Ferreira Sócio da Agência Fato Relevante e da Kuarup Produtora Nota dos editores É verdade! Quando Alcides nos procurou para fazermos, em parceria, um curso sobre o tema Informação em Tempo Real, em meados dos anos 1990, a Mega Brasil (à época ainda respondendo pelo nome de M&A Editora) estava engatinhando. E o sucesso do curso foi tão grande que acabamos fazendo mais duas ou três etapas. E aí crescia dentro da Mega a vocação pela realização de cursos livres... e vieram muitos outros.

RkJQdWJsaXNoZXIy NDU0Njk=