JCC Especial | MegaBrasil 30 anos

115 Mega Brasil 30 anos Celebrar, mas sem deixar de se indignar com a face pérfida do País Chegar aos 30 anos na promoção de eventos não é tarefa trivial. Ainda mais na área da comunicação, epicentro de tantas transformações e descontinuidades nos anos recentes. Emmais de três décadas, na ampla pauta levantada pelos organizadores dos encontros da Mega Brasil, todos nós comunicadores nos apropriamos das temáticas e embarcamos no barco das “provocações” apontadas nas programações. Em meio aos temas do mercado corporativo, sempre houve espaço para temas complementares. Vale, aqui, o registro e o agradecimento pelo olhar lançado na direção da comunicação republicana, transparente, de modo a destacar as boas práticas do serviço público junto aos cidadãos. As portas sempre estiveram abertas para as inovações da comunicação nas empresas públicas, no Executivo Federal, Judiciário, Legislativo, bem como nos governos estaduais e municipais. Para nós, que militamos a comunicação pública republicana, exercida com base no direito do cidadão à informação e a serviços públicos de qualidade, não podemos nos esquecer, particularmente, do Mega Brasil de 2017, quando, em São Paulo, Lincoln Macário, então presidente da Associação Brasileira de Comunicação Pública, apresentou os desafios de uma entidade recém-criada. No momento, estamos indignados e consternados com a morte brutal de um ex-servidor do Estado, cujo órgão carece de profunda reestruturação, e de um jornalista, cujo trabalho, nas democracias modernas, tem sido fundamentado no direito de saber que a sociedade faz jus. O País insiste emmostrar sua face pérfida na Amazônia, na violência social, na resistência anti-vacina, nas mais diversas discriminações sociais, na péssima distribuição de renda, nas imperdoáveis negligências ambientais e humanitárias corporativas (Mariana, Brumadinho, entre outras), no Estado ausente, na Justiça insuficiente. Qual comunicação estamos construindo diante dos impasses que nos amarram ao Brasil antigo e nos impedem de ir ao encontro de um novo melhor? Talvez seja um tópico urgente – tema de uma próxima rodada de debates. Armando Medeiros de Faria Vice-Presidente da Associação Brasileira de Comunicação Pública e Consultor na LCM Conexão Pública. Destaque sem precedentes para a comunicação empresarial Em 1977, deixei a última redação de jornal em que trabalhei e comecei a fazer comunicação corporativa. Meu primeiro cliente foi a montadora de veículos Chrysler do Brasil. De lá para cá, nunca mais sai da área: mantenho uma agência no ABC, que inicialmente editava jornais internos e revistas para marketing e vendas e que hoje diversificou muito suas atividades, oferecendo um leque de serviços a seus clientes, do endomarketing (principal produto) a publicações digitais e impressas e eventos, entre outros. Em todos esses anos, o único veículo que mostrava a evolução da área era a coluna Moagem, do jornalista Eduardo Ribeiro, inserida pontualmente no jornal Unidade do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo. Com a chegada da Mega Brasil, em 1992, sociedade do próprio Eduardo Ribeiro e de Marco Rossi, o mercado de comunicação empresarial ganhou destaque sem precedentes em sua história, quer pela promoção dos profissionais envolvidos nela, quer pela realização dos congressos, seminários e publicações. A exposição das informações do setor trouxe visibilidade a agências, empresas, clientes e fornecedores, influenciando definitivamente na profissionalização do mercado de comunicação. Anselmo Ferreira Diretor da Unit Comunicação, pioneira na região do ABC em comunicação empresarial, Jornalista Profissional e Mestre em Comunicação pela Cásper Líbero.

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