JCC Especial | Dia da Comunicação Empresarial 2023

DIA DA COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL 8 Políticas de inclusão Dos profissionais LGBTQIAP+, 53,5% afirmam que já sofreram algum tipo de discriminação voltada para preconceito com identidade de gênero ou sexual no ambiente de trabalho. Destes, 41,3% dizem que a discriminação partiu de pares, seguido por 41,1% de superiores. Diante desses casos, a grande maioria (61,4%) teve receio de reportar e omitiu o caso. Como crença quase geral, 91,8% entre todos os participantes enxergam as políticas em prol da inclusão como um caminho para mudar esse cenário. Para Ana Paula Prado, CEO do Infojobs, medidas para combater a discriminação e promover a diversidade devem ser recorrentes, e acontecer por meio de treinamentos, palestras e outras comunicações institucionais, reforçando o compromisso com a diversidade, além de um canal de comunicação ativa e segura para reportar os casos. “A pesquisa já mostrou que, para 50,6% dos profissionais, o assunto fica apenas no discurso de marketing. Portanto, é preciso garantir que o colaborador se sinta acolhido e conheça seus direitos durante todo o tempo, não apenas em junho, mês do Orgulho LGBTQIAP+. O apoio das lideranças, nesse sentido, é fundamental. Afinal, olhando de perto, podem acompanhar necessidades coletivas e individuais, além de contribuir para criação de medidas ainda mais efetivas para erradicar os preconceitos velados ou explícitos”, pontua a executiva. Na visão de 73,1% dos profissionais que participaram do estudo, para organizações construírem processos, em geral, mais inclusivos, devem reconhecer que questões de identidade de gênero e orientação sexual não determinam a capacidade profissional. No entanto, Prado reforça que o olhar deve ser ainda mais atento para empresas que querem se posicionar como diversas, com foco em garantir que os detalhes conversem com a realidade. No processo seletivo, por exemplo, a tecnologia é uma aliada para realizar seleção de candidatos sem viéses ou qualquer consideração de aspectos biológicos e sociais. “Podemos ressaltar os benefícios oferecidos. No caso, licença-maternidade, por exemplo, deve ser justa e igualitária para todos os funcionários e analisada individualmente no caso de um casal homoafetivo, sem qualquer represália ou discriminação pelo afastamento”, enfatiza a executiva. A saúde mental também deve ser acompanhada de perto, visto que a população LGBTQIAP+ é seis vezes mais propensa a cometer suicídio, segundo a revista científica americana Predicts. Conforme a CEO do Infojobs, o RH pode pensar em estratégias de voucher de plataformas que oferecem sessões de terapia ou até desenvolver um grupo de apoio para funcionários. “O que acontece nas corporações é um reflexo da sociedade. Sendo assim, podemos dizer que estabelecer políticas de inclusão efetivas e locais de apoio no ambiente corporativo é um passo adiante rumo à conquista de mais espaços para a comunidade LGBTQIAP+”, conclui. Ana Paula Prado, CEO do Infojobs: “O que acontece nas corporações é um reflexo da sociedade”.

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