DIA DA COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL 5 Por Martha Funke* oje tem Festa no Gueto, pode vir, pode chegar Misturando o mundo inteiro, vamos ver no que é que dá Tem gente de toda cor, tem raça de toda fé Guitarras de Rock ‘n Roll, batuque de Candomblé Celebrados por Ivete Sangalo, os versos de Festa no Gueto retratam as metas de convergência entre desiguais, hoje um dos objetivos estratégicos de empresas ao redor do mundo. Isso não se dá por acaso. Refletir dentro de casa a sociedade em que estão inseridas permite às organizações dar respostas mais adequadas às necessidades dos segmentos aos quais deseja atingir. Além disso, ter diferentes pontos de vista agregados colabora para obter respostas mais criativas a problemas multifacetados e conversar de igual para igual com consumidores também diversos, com melhor compreensão de suas necessidades. Internamente, atrair, acolher e estimular talentos diversos torna o corpo de trabalhadores mais saudável, empático e, no fim das contas, com melhor visão de justiça social. A questão é que o desequilíbrio entre os quadros de funcionários e o mundo externo, reflexo do próprio desbalanceamento da sociedade em relação a questões como renda, trabalho, educação e poder, passou a demandar do mundo corporativo visão estruturada para amenizar a supremacia de homens brancos, heteronormativos, bem educados e relacionados, que costumam formar maioria em empresas, principalmente em cargos mais altos. Dentre outros, grupos com representatividade minorizada em relação a seu papel na sociedade como um todo incluem recortes como mulheres, perfis étnico-raciais, orientação afetivo-sexual, faixas etárias, origem, dinâmica de relacionamento social, religião e deficiências, físicas ou men-
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