Jornal da COMUNICAÇÃO CORPORATIVA | Especial

DIA DA COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL 32 mento de crise para mitigar e conscientizar de maneira assertiva e empática seus públicos, abrindo espaço, inclusive para construção colaborativa e a ampliação do debate acerca de caminhos possíveis para fomentar – e acelerar – soluções que nos levem a um futuro mais sustentável, justo e inclusivo. Acredito que é exatamente por esse caminho que a Comunicação Organizacional deve seguir também no contexto pós-pandêmico. Enquanto a sociedade cobra, cada vez mais, que se comuniquem e se posicionem nos temas nos afetam, à Comunicação Organizacional caberá o papel de inspirar e engajar. Isso somente se dará por meio da transparência, do diálogo aberto com todos os públicos e da promoção de uma comunicação sempre ética e relevante. A construção colaborativa e a amplia- ção do debate, inclusive, fazem parte da estratégia que adotamos na Dow estimu- lando funcionários, clientes e parceiros a repensarem como o mundo pode e deve ser, e como podemos ser parte dessa transformação. E não seria esse o momento ideal para sonharmos e trabalharmos por um futuro melhor? O Itaú é uma organização historicamente comprome- tida com a geração de impacto positivo – e a comunica- ção da marca desde sempre reflete essa vocação. Ainda assim, a pandemia de covid-19 foi um grande divisor de águas para nós. A emergência da crise humanitária fez com que o banco, que já é o maior investidor social privado do país, decidisse intensificar ainda mais a sua atuação social e, nesse contexto, o interesse pú- blico passou a dominar as nossas conversas com a mí- dia e demais stakeholders , assumindo um caráter absolutamente prioritário na estratégia de comunicação corporativa. Nosso papel, de início, foi o de comunicar a doação de mais de R$ 1 bilhão e a criação de um grupo de trabalho formado por notáveis para ajudar no enfren- tamento da pandemia, dando início ao Todos pela Saúde. Além disso, ajudar a conscientizar a sociedade sobre a gravidade da doença e os cuidados que todos deveriam tomar (como o uso de máscaras e a higiene das mãos, por exemplo). Ra- pidamente, assumimos também o papel de inspirar outras organizações e pessoas físicas a dar a sua contribuição e passamos a prestar contas, de forma ampla e sistemática, sobre a destinação dos recursos doados. Criamos uma estrutura extra para dar conta do trabalho que precisávamos fazer e o esforço conjunto de diferentes áreas do banco – como comunicação e relações governamentais, jurídico, tecnologia, logística, suprimentos e marketing, entre outras – não apenas deu maior dimensão e protagonismo à comunicação corporativa como também contribuiu para transformar as relações do Itaú com os seus públicos. A pandemia mostrou que a responsabilidade corporativa, o comprometimento com o bem-estar social e o apoio a causas de interesse público, na medida das possibilidades de cada um, não são mais uma escolha ou práticas recomendáveis. Agora são mandatórias para as organizações que querem perenizar os negócios e manter/construir boas relações com seus stakeholders . A conduta de pessoas e empresas há muito já é vigiada e julgada pela opinião pública, mas a crise da covid acelerou o entendimento de que todos temos de fazer o que é certo. E isso naturalmente traz maior responsabilidade e relevância para as áreas de comunicação. É essa área que ajuda a modular o diapasão da reputação corporativa e a fazer as provocações que a atualidade nos pede. Leandro Modé Superintendente e sócio no Itaú Unibanco

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