Jornal da COMUNICAÇÃO CORPORATIVA | Especial
DIA DA COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL 30 Quando as pessoas estão afastadas fisicamente, o esforço para que os canais de comunicação se mante- nham ativos é ainda maior, porque é preciso consi- derar as singularidades deste momento de pandemia. Mais do que engajar, foi preciso levar em conta o es- tado emocional dessas pessoas, uma premissa que foi adotada pela Stellantis nos processos de comunicação e nas relações com todos os públicos. Adotamos uma postura muito ativa e acolhedora para conectar, en- gajar – usando os muitos recursos do ambiente digital – e abrir caminhos para falar e ouvir. A comunicação se fortaleceu como um processo privilegiado de transmissão da cultura e também dos valores da companhia diante de um cenário tão desafiador. Mais do que nunca, as relações foram pautadas na empatia e na transparência, em todos os níveis hierárquicos. Líderes ativos tiveram o apoio da comunicação para buscar entender o momento e a situação das pessoas, fortalecendo seu papel nos processos. O discurso interno também se refletiu para fora, quando amplia- mos o nosso papel de organização social e atuamos com nossas comunidades. Em momentos de incerteza, uma comunicação clara e humana é decisiva para nutrir os times em um só propósito. Esse é o maior aprendizado que tivemos com os desafios de comunicar na pandemia. Aprendemos, como comunicadores, a rede- finir o presente. E agora, sem esquecer o que passamos, temos a oportunidade de desenhar novas maneiras de conexão para o futuro. Mais próximos, ativos, trans- parentes e sempre acolhedores com as pessoas, sejam colaboradores, clientes ou parceiros. Citar o Velho Guerreiro seria considerado “cringe” por uma geração que provavelmente mal sabe quem ele foi. Mas a frase de Chacrinha “quem não se comunica, se trumbica” é ainda mais certeira nesse mundo da economia da atenção em que cada segundo, cada byte e cada centímetro são disputados ferozmente. Mas comunicação não é só falar e por mais que o Chacrinha usasse todas as formas disponíveis para chamar a atenção, do figurino à buzina e até distri- buição de bacalhau, ele, antes de tudo, sabia ouvir. Essa é grande questão hoje a ser analisada com todo cuidado e critério e, embora seja o caminho mais longo, com certeza é o eficaz. As empresas precisam sobretudo aprender a ouvir. A ouvir clientes, funcioná- rios, acionistas, fornecedores, concorrentes, formadores de opinião e a sociedade em geral. A partir daí, podem definir o quê, quando, como, onde, a quem e, princi- palmente, porquê, falar. Fabrício Biondo Diretor de comunicação corporativa da Stellantis para a América Latina Fábio Toreta Superintendente de Comunicação da Sabesp
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