Jornal da COMUNICAÇÃO CORPORATIVA | Especial

DIA DA COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL 48 Falar sobre a comunicação no pós-pandemia é falar sobre a humanização das relações, pois, certamente, as empresas estão cada vez mais voltadas não apenas para o relacionamento de suas marcas com os seus públicos – o que, por si só, já é considerada uma inovação –, como também passaram a adotar atitudes voltadas ao bem-estar de todos, assumindo causas que tem como mola propulsora a empatia, a compaixão e a solidariedade. Testemunhamos algo que sempre sonhamos, apesar do profundo sofrimento que este momento nos traz e do oportunismo e corrupção que ainda insistem em atropelar a ética e impedir o nosso crescimento enquanto nação. Ainda assim, iniciamos uma importante reflexão de que todos nós somos responsáveis, sim, por tudo que está acontecendo, mas também nos conscientizamos de que estamos juntos e certamente mais unidos do que antes. Muitas empresas se recolheram, outras foram obrigadas a repensar seus planos e buscar novos rumos. As pessoas também se isolaram e passaram a olhar um pouco mais para dentro de si. A boa notícia é que a solidariedade, o respeito e cuidado com o próximo se sobrepuseram na maioria das situações. Mesmo sem nenhum planejamento, o mundo inteiro parou e, independentemente de questões econômicas ou políticas, convergimos nossos esforços para o mesmo objetivo: salvar vidas. Aprendemos a pensar mais em nós do que no “eu” e “meu”, algo muito comum antes da pandemia. Dessa forma, pensar no coletivo fará com que as agências de comunicação corporativa continuem tendo um papel fundamental nesse processo, pois elas carregam o DNA de seu cliente. Dessa maneira, não podemos mais só falar em inclusão, diversidade, sustentabilidade ou ética. Temos a oportunidade de agir de forma transparente e com práticas coerentes e que estejam realmente voltadas para um mundo melhor. Mais do que nunca, as agências estão reconhecendo a importância de uma equipe que trabalha feliz. E isso é ainda mais evidente agora, com várias delas se saindo muito bem neste difícil momento. Quem manteve esta visão humana, voltada para o bem social e a satisfação de seu time, certamente tem agora mais oportunidades de expandir suas ideias e boas práticas para além do próprio quintal. E de suas marcas também!  Cada vez mais humana Martha Becker, Diretora da Martha Becker Connections A pandemia promoveu uma mudança de paradigma em como vivemos e como fazemos negócios em todo o mundo. Mais do que nunca, a tecnologia conectou as pessoas e acelerou ainda mais a transformação digital de muitos segmentos forçando uma adaptação do mercado em diversos setores. Este momento ímpar em nossa história deixou evidente a relevância e a razão de existir dos profissionais de comuni - cação corporativa: estamos trabalhando sem descanso para manter os stakeholders informados e alinhados com o propósito da empresa. Nossos maiores objetivos são manter nossos colaboradores seguros e engajados, assegurando, ao mesmo tempo, a continuidade dos negócios. Diante de tantas incertezas, este momento serviu para nos abrir os olhos para uma verdadeira mudança nomindset . Consumidores estão exigindo cada vez mais que as companhias posicionem-se como protagonistas na resolução de problemas sociais e ambientais. A pandemia parece ter acelerado esse movimento, trazendo a valor presente uma série de questões que, de outro modo, talvez demorassem muito mais tempo para ser resolvidas. Escancarou, por exemplo, a desigualdade social. Mudou hábitos de consumo. Segundo um estudo do Instituto de Sustentabilidade do Morgan Stanley, os millenials são duas vezes mais propensos a comprar produtos de negócios sustentáveis – e eles são a próxima geração de consumidores. Por fim, a busca por resultados junta-se ao desejo de se contribuir efetivamente para a sociedade, em uma relação mais duradoura.  Uma mudança de paradigma Elisa Prado, Diretora de Comunicação da Vivo De vilã a aliada. Esta foi a jornada a qual a tecnologia viu-se submetida com o avanço da pandemia do coronavírus pelo mundo. Seus críticos mais céticos tiveram que se render diante de uma utilidade incontestável para manter empresas e pessoas conectadas. A pandemia levou-nos a rever conceitos e a descobrir sentimentos antes imagináveis apenas em nosso íntimo, como a felicidade, por exemplo, em seu sentido mais amplo, incluindo no trabalho, naquilo que se faz com paixão, naquilo que traz sentido à nossa existência.

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