Jornal da COMUNICAÇÃO CORPORATIVA | Especial

DIA DA COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL 27 Não vou gastar minhas linhas dizendo o quão desafiante este ano está sendo. Eu digo que ele está sendo totalmente exótico. Entre tantas coisas acontecendo neste coronnial year , quero destacar duas tendências que vejo muito fortes. Definitivamente as famílias vieram para dentro do traba - lho, fazendo com que owork-life balancefizesse mais sentido do que nunca. Nunca acreditei que pais e mães deixassem essas suas facetas ao irem para suas empresas trabalhar. Mas, agora, filhos entraram nas salas de reuniões, nas infindáveis calls . E dificilmente sairão com as empresas medindo a produtivida - de fantástica com reuniões realizadas em cima da cama ou no quintal de casa. Os pequenos fazem gracinhas, são unicórnios, bailarinas e super-heróis passando com bolas e fazendo intervenções. Não deixe o computador ou celular destravado. Alguém receberá uma mensagem ininteligível em um dos vários grupos de whattsapp. Gestores entendendo com compreensão esse esquema família-trabalho-sala-de-jantar-escritório- -cachorro-latindo trará mais humanidade a muitas empresas. E colocará à prova a liderança vs. chefia. E os RHs precisarão estar preparados para isso. Outro dia consegui assistir um parto de uma prima enquanto trabalhava. A família toda assistiu pelo Zoom. Não poderia participar desse momento se estivesse no escritório. Mais família impossível. Além de não afetar minha agenda (o celular ficou ao meu lado quietinho, na transmissão), certamente foi um dia de trabalho mais feliz. Outra questão que quero ressaltar é a exacerbação do que seria uma espécie de lacração, apesar de não gostar do termo. Empresas parecem fazer uma corrida silenciosa entre si pela campanha de marketing social/sustentável que mais vai impactar nos números de PR. E se esquecem que só vai ser perene e ficar no mercado para valer quem tiver coragem de estabelecer transversalmente em seus negócios políticas sólidas de ESG ( Enviromental, Social and Governance ). É política fundamentada, engajada. Não se trata de marketing. O mercado financeiro já decretou isso. Será que a comunicação ainda não?  As famílias na sala de trabalho e o marketing que ainda não é ESG Alessandra Ber, Headde Relações com a Imprensa da TIM Brasil O precioso bem chamado tempo continua com sua conotação de dinheiro, entretanto ele permanece com seu real (e poético, ao mesmo tempo) significado: tempo é vida. Tempo é isso que vai passando enquanto você pensa em soluções para os clientes, enquanto prepara estratégias, apresenta seu portfólio e relatórios infinitos. A otimiza - ção do tempo de cada um é algo que pode ser citado como positivo diante desta ainda desconhecida Covid-19, afora tudo o que ela tem causado de ruim e triste. As empresas seguem colocando fim a reuniões improduti - vas, a viagens desnecessárias, a uma vida em que a prestação de contas se dava nem sempre por seu resultado em si, mas pela presença física no ambiente. Com tantos papéis na vida pessoal e profissional, vimos que não há mais necessidade de gastar nosso parco tempo com atitudes que são apenas para inglês ver. A comunicação segue esse caminho. Assim espero. Mas eis que há muitos pontos negativos que resultam do maior tempo que todos estamos dedicando às telas nesta pandemia. É nelas que está o universo que mistura em um mesmo bolo informações falsas, verdadeiras e desconhecidas. E é também nelas que a imprensa vai sendo desacreditada, vão surgindo fontes noticiosas que não seguem qualquer princípio jornalístico. Daí, o público tem ainda mais dificuldade de separar o joio do trigo. Sem a imprensa para investigar e desvendar informações, cada um escolherá sua bolha e dela será a audiência. O desafio é conquistar a audiência fora da bolha. Mas nem tudo são espinhos. O mundo corporativo exige posicionamento ético, mais respeito à diversidade, preocupação com o meio-ambiente e mais correção em todas as relações. O profissional de comunicação precisa entender essa nova dinâmica para falar melhor com seus públicos e os públicos de seus clientes. E aqui nem tudo são flores: há um grande e doloroso desafio nessa nova forma de se comuni - car. Há exércitos de diferentes cores por todos os lados. Estão em vigília constante e nem sempre têm critérios para a crítica. São soldados que se posicionam de uma forma intensa e “cancelam” aquilo que lhes desagrada. É a era da audiência manipulando a informação. Tempos difíceis...  Então quer dizer que tempo não é só dinheiro? Ana Lima, Diretora da Brava Comunicação Bem humorada e super alto astral, Alessandra Ber , da TIM, revela que as mudanças vieram pra ficar porque melhoraram a vida das pessoas e a produtividade do trabalho, conta um caso pessoal e enfatiza que marquetizar sustentabilidade será um tiro no pé das organizações. Ana Lima , da Brava, de Recife, usa o tempo como mote para falar da vida, das coisas boas e não tão boas que enfrentamos, inclusive os desafios por informação de qualidade.

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