DIA DA COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL 17 No cenário atual, é uma realidade conhecida para marcas e profissionais de comunicação que devemos estar con - tinuamente preparados para um mercado em constante transformação, no qual diversos públicos exigem ser enxergados, ouvidos, representados e respeitados. Dentro desse contexto, como consultores que auxiliam nessa jornada, o papel será sugerir estratégias para inserir empresas e organizações em conversas complexas que abrangem temas igualmente inquietantes, como raça, justiça social e questões sociais importantes, sempre gerando um diálogo com a credibilidade necessária para mobilizar. Com isso emmente, temos que entender a visão que será exigida dos profissionais de comunicação, assim como aspec - tos a serem considerados no desenvolvimento das estratégias, abordagens e campanhas sugeridas. Isso contempla: • Inclusão: foco em ações e comportamentos inclusivos, gerenciando conscientemente a interrupção do preconceito; • Diversidade: sempre espelharmos o mercado destakeholdersque atendemos, incluindo considerações sobre raça, gênero, orientação sexual, religião, deficiências físicas, estilo de pensamento e todas as interseções desses territórios; • Equidade: considerarmos e fornecermos o que os diferentes grupos necessitam, garantindo que as políticas e práticas sugeridas forneçam oportunidades iguais. • Acessibilidade: garantir que as políticas e práticas sejam equitativas, incluindo iniciativas que levem em consideração as necessidades de acesso de todos os indivíduos. Hoje as audiências não exigem apenas serem vistas, ouvidas, representadas e respeitadas; com um perfil ativo e, acima de tudo, participativo, colocam-se na linha de frente da luta pelos temas que acreditam. As marcas e organizações que não entenderem essa conexão correm o risco de perderem sua relevância para um público que só vai continuar a crescer. Importante lembrar que esse é um exercício de dentro para fora, no qual as agências também devem trabalhar com seus times, incentivando os clientes rumo à transformação e moldando o mundo que queremos. É preciso ainda considerar a empatia e a autenticidade, pois, para que o engajamento aconteça, a única opção é que este diálogo seja verdadeiro. Praticando esta escuta ativa sempre, nós temos muito ainda a contribuir e crescer como mercado e profissionais. Ouvir, entender e mobilizar Elaine Rodrigues, Vice-Presidente Sênior da BCW Brasil Vivemos um momento sem precedentes em todas as esferas do conhecimento. De forma direta ou indireta tivemos que mudar nossa rotina, nossos hábitos e nossa forma de ver o mundo. A ausência de referência e controle da situação nos tornou igualmente aprendizes em um cenário de dúvida e apreensão. Estamos aprendendo todos os dias sobre como exercer nossas atividades com resiliência, foco e dedicação como nunca antes observado. O exercício permanente da escuta ativa, empatia e do reconhecimento é fundamental em momentos como este e, sem dúvida, essas atitudes serão ainda mais valorizadas pelas organizações. Na área da comunicação, a realidade não é diferente. Revimos os planos, ajustamos a bússola e seguimos na missão de engajar, informar e tranquilizar. Evitamos a todo custo infoxicar o nosso público, ou seja, avaliar de forma permanente em que medida estamos ou não contribuindo para uma avalanche de dados, recomendações e atualizações que de pouco em pouco pode tornar-se tóxica. A humanização da comunicação tem sido a principal forma de construção de um diálogo aberto, honesto, respeitoso e ao mesmo tempo acolhedor. Entender que estamos passando por um momento desafiador, mas cada um com sua intensidade, dores e sabores, ajuda-nos a desenvolver uma narrativa mais adequada. Temos hoje à disposição uma miríade de ferramentas, canais e novas tecnologias que podem auxiliar no compartilhamento de mensagens com os mais diferentes públicos, mas nada substitui a pessoalidade, o toque do acolhimento e da inclusão. Os desafios são grandes, mas a satisfação de contribuir com um processo de comunicação mais empático, integrado e consistente é ainda maior. Nada substituirá a pessoalidade, o toque do acolhimento e da inclusão Daniela Teixeira, Gerente Sênior de Assuntos Corporativos para a Bridgestone Latin America South Qual o repertório que frequentará os saberes e os fazeres dos profissionais de comunicação? Elaine Rodrigues , da BCW Brasil, oferece algumas pistas, sem ignorar que o respeito a uma audiência cada vez mais ativa e exigente será essencial. E na linha de uma atuação mais humana, Daniela Teixeira , da Bridgestone, alinhava as razões que a fazem crer que nada substitui a pessoalidade, o toque do acolhimento e da inclusão.
RkJQdWJsaXNoZXIy NDU0Njk=