Anuário da COMUNICAÇÃO CORPORATIVA | 2024 61 os processos de prevenção de crise, mas, para isso, precisam ser traduzidas pela experiência de um especialista. O importante não é só ter a mais moderna “inteligência avançada de máquina”, mas saber o que perguntar a ela. A comunicação efetiva em prol da relevância é feita por gente qualificada – com olhar digital e humano – e não deixa nenhum público para trás. Comunicação relevante para destacar a relevância dos clientes é a tônica do robusto crescimento da GBR desde a sua criação, há oito anos. Em 2023, chegamos a 150 profissionais, com uma expansão de quase 40% em receita. Não existe fórmula pronta, mas algumas combinações de ingredientes são essenciais para nós: a inovação e a criatividade de mãos dadas com a experiência e a estratégia; a tecnologia conjugada com o olhar humano. Parceria e disponibilidade constantes. O ponto de desembarque é a relevância. Ela nasce da identificação e da superação das expectativas de todos os públicos, a partir de uma comunicação humana que escuta e sabe evoluir sempre. Admirável mundo novo DANTHI O uso de inteligência artificial (IA) vai transformar o mundo. Essa é uma afirmação que parece estar certa. Ela vai alterar processos em todas as áreas do conhecimento humano. De uma consulta médica a um processo judicial, ela terá interferência. Vai baratear custos, agilizar ações e melhorar a qualidade de vida. Mas também vai gerar mais ruídos, crimes cibernéticos e cortes de posições de trabalho. E isso, com certeza, vai acontecer também na comunicação corporativa. Mas se, por um lado, temos certeza de que a IA tem potencial para mudar o PR radicalmente, por outro, ainda é muito cedo para entender de que forma e como se darão essas transformações. Muitas dúvidas existem. A principal delas é como e se a IA vai substituir profissionais no atendimento aos clientes. Em tese, já existem ferramentas que conseguem redigir textos, produzir design de peças. Mas quem vai fazer o input correto das informações para que esses materiais sejam produzidos? E, mais importante do que isso: a inteligência artificial vai conseguir substituir a experiência na hora de criar uma estratégia de comunicação? Ou fazer um gerenciamento de crise? Sim, as máquinas têm uma capacidade de processar uma infinita quantidade de dados e variáveis, mas, pelo menos num momento inicial, é difícil ou quase impossível imaginar uma máquina que consiga realizar o trabalho mais “avançado” de PR. Muitas agências até já começaram a usá-la na sua rotina. E, de uma forma geral, fica cada vez mais claro que o mundo caminha para um cenário em que haverá mais substituição, pelas máquinas, de tarefas feitas por pessoas. Ao mesmo tempo que nossos filhos e netos provavelmente terão ainda mais dificuldade em conseguir trabalho tradicional, visto que surgirão outras profissões associadas a essa automação. As empresas ficarão cada vez mais enxutas. Por outro lado, teremos diagnósticos mais acurados de nossos problemas de saúde, faremos exames mais rapidamente, teremos casas com menos interruptores e mais voz, carros que dirigem sozinhos, uma vida mais fácil, se pudermos pagar por ela. E sem uma política de acesso, talvez reforce ainda mais as desigualdades existentes. E o que acontecerá com o jornalismo? Teremos mais veículos de comunicação totalmente produzidos por máquinas? Os veículos tradicionais também não usarão mais jornalistas? Qual será a credibilidade desses novos veículos produzidos por IA? Como fake news, erros, manipulações serão controlados? Não sabemos. Ainda. Fato é: inteligência artificial é um complemento inevitável no futuro do nosso dia a dia. No final de 2023, o Web Summit, um dos maiores eventos de inovação e tecnologia do mundo, que foi realizado pela primeira vez no Brasil, trouxe
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