Anuário da COMUNICAÇÃO CORPORATIVA | 2024

Anuário da COMUNICAÇÃO CORPORATIVA | 2024 60 MERCADO DA COMUNICAÇÃO CORPORATIVA Tempos de relevância GBR As redes sociais impulsionam e, ao mesmo tempo, condenam. A inteligência artificial (IA) revoluciona e também desbaratina, ameaça. O ESG inspira, avança. Mas já enfrenta revisionismo. A tecnologia nos projeta para Marte, enquanto nos afunda em deep fake. E acompanhamos tudo isso em TikToks de dispositivos móveis cada vez mais modernos e, ironicamente, menos duráveis. As reputações (as boas e as más) parecem sofrer hoje da mesma “obsolescência programada”. Nascem com vida útil curta, para dar lugar rapidamente a outras, não necessariamente melhores. Trabalhar com comunicação é se equilibrar na volatilidade para duelar contra a efemeridade. A comunicação corporativa vive no fio da navalha faz tempo. Para quem tem a coleção deste Anuário da Comunicação Corporativa, é só enfileirar as edições sobre a mesa (ou ajustar as versões digitais lado a lado) e ver a sequência das capas sobre os “desafios do setor”. Ano após ano, discutimos novos paradigmas para responder à mesma pergunta: diante disso tudo, como minha empresa, minha marca, minha atividade pode escapar de perecer? Só sendo relevante. No fundo é isso. A relevância salva do cancelamento. Distingue quem é e quem não é greenwasher ou socialwasher. Fortalece o bom jornalismo. Nos mostra o poder humano por trás do oráculo robotizado. Parece teoricamente simples: seria só encomendar “relevância” no ChatGPT e esperar planos de comunicação aos borbotões. Só há um problema. Para complicar nossa vida, relevância é um conceito referencial. Algo só é relevante se for importante... para alguém. Se fizer diferença na vida de outra pessoa. E surgem aí os grandes desafios que capas e mais capas de anuários nos gritam todos os anos. Para achar a resposta ao questionamento da relevância, a comunicação não pode ser autocêntrica. Não adianta pensar em reputação sem incorporar a perspectiva do outro – do cliente, do público interno, do investidor, do regulador, do formador de opinião, do stakeholder. É questionar-se sobre o que esses públicos todos esperam da comunicação e, acima de tudo, das ações concretas das pessoas e das empresas. O papel da consultoria de gestão da reputação é avançar no exercício da empatia e da conexão com o outro. É assim que pensamos comunicação na GBR. Com leitura crítica, a inteligência de dados pode ser uma ferramenta incomparável na identificação das expectativas dos públicos. É ter monitoramento digital, indicadores de reputação e dashboards conjugando tecnologia de ponta com olhar humano de consultoria estratégica. As análises preditivas de dados vão transformar Cleber Martins, sócio e diretor-geral de operações da GBR Comunicação: “Comunicação relevante para destacar a relevância dos clientes é a tônica do robusto crescimento da GBR desde a sua criação, há oito anos. Em 2023, chegamos a 150 profissionais, com uma expansão de quase 40% em receita”

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