Anuário da COMUNICAÇÃO CORPORATIVA | 2024 339 Raul Fagundes Neto, fundador e diretor-geral da INK, conta como começou a iniciativa em trabalhar com profissionais brasileiras que tinham imigrado para outros países − Yasmim Basaglia (Portugal), Caren Godoy (Canadá) e Marina Tsutsumi (Itália): “Tudo começou com a Marina, que trabalhou conosco. Ela mudou-se para Portugal e, em 2015, Renata Saud, uma das diretoras de atendimento e minha sócia, lembrou dela e resolvemos fazer um teste, que deu certo”. Marina atendia a um cliente sediado na Rússia e participava de eventos promovidos para as agências na Europa, buscando oportunidades de negócios. A pandemia mostrou que esse modelo testado era um dos formatos válidos para o mercado de comunicação. Outra experiência foi com Caren, com quem não haviam trabalhado e que, como Yasmim, acompanhou seu marido na mudança. Raul esclarece: “Para esse modelo dar certo, é necessária uma conjunção de fatores, como o perfil profissional e pessoal do executivo de atendimento. Se é bom atuando no Brasil, será bom em qualquer lugar. E, por coincidência, são três mulheres e profissionais talentosas, todas super-responsáveis. Ainda que seja uma coincidência, é bom constatar que também no cenário internacional as mulheres são muito ativas em desafios. Cabe a nós, líderes, dar o apoio para que se desenvolvam, independentemente do local de trabalho”. Outra característica que destaca é o amadurecimento de uma jovem geração feminina, que, com a consolidação do trabalho remoto, ganha autonomia no lidar com questões pessoais e familiares e cresce profissionalmente. Raul, a propósito, vivencia essas mudanças com a filha de 27 anos que mora em São Carlos, interior de São Paulo, trabalha remotamente de forma integral e não quer voltar ao modelo presencial. Pode até se deslocar uma vez por semana, mas é o limite. Ponto fora da curva
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