Anuário da COMUNICAÇÃO CORPORATIVA | 2024

Anuário da COMUNICAÇÃO CORPORATIVA | 2024 335 Como boa jornalista, pesquisou e encontrou a terapeuta Fabiana Agapito, ela própria uma imigrante na Suécia, especializada em luto migratório (veja box). Usou então suas habilidades em comunicação e explicou a situação na escola: “Como os norte-americanos adoram tudo sistematizado, usei meus conhecimentos e organizamos uma feira intercultural. Afinal, esse é o ofício da comunicação, entender a audiência, o público, adaptar a mensagem e comunicar”. Helena melhorou e as pessoas na escola ficaram esclarecidas sobre a chegada de imigrantes. Luiza é head de comunicação global para os mercados pequenos e médios de Europa, Ásia, África, Oriente Médio e América Latina. Isso significa começar o dia às cinco da manhã em casa, para reuniões online, com continuidade no escritório cumprindo o horário norte-americano. Ela desconstrói o mito de que os americanos terminam de trabalhar às cinco da tarde: “As pessoas saem nesse horário porque precisam buscar filhos na escola, fazer jantar e cuidar da casa. Desligam-se das atividades no computador, mas ficam conectadas no celular. Há ainda a questão cultural da produtividade, com reuniões objetivas e diretas, sem paradas para o famoso cafezinho ou longo almoço. E mesmo nas férias sempre checam as mensagens no celular”. Sobre a comunicação, faz uma reflexão: “Embora gere valor e tenha indicadores mostrando o impacto no negócio, ainda há falta de entendimento do que é PR e de como os investimentos dão mais resultados a longo prazo do que a publicidade”. E com seu jeito gostoso de pernambucana, acrescenta: “Essa dor, minha gente, é universal. Não foi resolvida e não temos conseguido fazer o PR, construir reputação para a nossa própria área”. Segundo ela, é possível aprender com os americanos, mestres em objetividade na comunicação, que conseguem fazer um ted talk em dez minutos: “É preciso vender uma ideia, fazer rir, chorar e gerar vontade para que a pessoa invista em PR e vire seu melhor amigo”. No balanço geral, Luiza se diz satisfeita com seu momento e credita isso à vivência do propósito da organização em que atua: “Trabalhar em uma empresa que, por meio de seus produtos, resgata a visão às pessoas com catarata, por exemplo, é um fio condutor cultural e um privilégio. Vi isso acontecer na Amazônia, em Singapura e em outros lugares. Isso é praticar o propósito além do papel”. Conexões com os pares A paulista Mayra Gasparini Martins está desde novembro de 2023 em Austin, capital do Texas (EUA), como gerente sênior de Comunicação Latam e US-Hispanic da Wise, organização inglesa especializada em transferências de pagamentos internacionais. No Brasil, atuou na empresa por três anos e meio. Também teve passagens por PayPal e Hospital Alemão Oswaldo Cruz. Em agências, trabalhou em MSL Brasil, ConceptPR, Fisch e LVBA. Formada em RP pela Faculdade Cásper Líbero, tem pós-graduação em Psicologia da Criatividade e Comunicação Criativa e mestrado em Psicocriatividade, ambos pela Universidade de Barcelona. Participou ainda de programa executivo de gestão na Universidade de Ohio. Mayra morou por dois anos em Barcelona, onde foi professora de português para estrangeiros, trabalhou na agência Centro Integral de ComunicaLuiza Barros na Alcon, no Texas

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