Anuário da COMUNICAÇÃO CORPORATIVA | 2024

Anuário da COMUNICAÇÃO CORPORATIVA | 2024 325 tória do pai, o médico José Antonino Marinho, em uma história de doação ao próximo, perseverança e resiliência e de convivência com sua mãe, Maria, por 75 anos (entre namoro e casamento). Com toda essa bagagem, Paulo Marinho aportou sozinho em Portugal em 13 de março de 2020, uma quinta-feira. Quatro dias depois, o país fechava as fronteiras por causa da pandemia da Covid-19. Mas como e por quê Portugal? Após a saída negociada do Itaú Unibanco (que destaca como um privilégio, por ter ali vivido vários desafios, entre eles a fusão com o Unibanco), caminhando certo dia pelo Parque do Ibirapuera disse para si mesmo, como conta: “Paulo, que vida maravilhosa a sua, pais incríveis, um filho maravilhoso, amizades, carreira. Agora, vem cá, isso tudo pode ser empacotado daqui a um pouquinho e pode ser amanhã...”. Então, decidiu realizar o sonho de criança de morar na Europa e perto do mar. Escolheu a região de Cascais, conhecida pelas suas praias e movimento, arrumou tudo em três malas e partiu. A pandemia lhe permitiu um tempo de rica convivência consigo mesmo: “Portugal me recebeu em um momento que eu precisava de um retiro pessoal. Saber se respeitar e aceitar que há um tempo para parar é como um presente. E foi isso que fiz: me dei esse presente e sou grato – a palavra gratidão está muito batida, mas me sinto tomado pelo seu sentido mais profundo, de ‘gratitude’, pelo meu encontro com o mar e com a Europa. Graças aos meus pais e ao que construí”. Ele está satisfeito com a decisão tomada: “Gosto daqui. Moro a um quilômetro da praia e tenho mais liberdade para realizar o meu sonho. E vou experimentar o ‘novo’. Estou organizando minha consultoria e, com base na experiência profissional e pessoal, será focada em serviços de mentoria. Quero compartilhar os aprendizados de minha carreira para ajudar lideranças potenciais e jovens a enfrentarem o mundo real das corporações, cercado de pressões de stakeholders e por entrega de resultados. E esse é um caminho tanto para o Brasil quanto para Portugal”. Mudança radical Do jornalismo, a paulistana Rose de Almeida cultiva as artes da escuta e da escrita. Jornalista de formação e de prática, é consteladora sistêmica formada em Portugal na metodologia de Bert Hellinger, após mais de 20 anos de vivência com o tema no Brasil. Atua ainda com a Conversadoria, metodologia de mentoria própria. Parece muito? Não para ela, que teve passagens no jornalismo em Propaganda&Marketing, Diário Popular, revistas Mídia e Mídia Propaganda e Negócios, e CBN, além da cobertura de festivais de propaganda de Cannes para O Estado de S. Paulo e Jornal da Tarde durante quatro anos. Sua mudança começou em 2017, após um intercâmbio de inglês em Oxford, ao completar 50 anos. Ao retornar, questionou o marido José Cascão, diretor de arte e publicitário: por que não morar na Europa, já que estavam estabilizados e com filhas crescidas? O marido, português que vivia no Brasil desde os 11 anos de idade, aprovou de imediato a ideia e fizeram o planejamento para a mudança para PorRose de Almeida em Viseu

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