Anuário da COMUNICAÇÃO CORPORATIVA | 2024

Anuário da COMUNICAÇÃO CORPORATIVA | 2024 317 rastreio de atividades de mídia social de defensores da marca, influenciadores patrocinados e afiliados, para garantir que o comportamento online esteja alinhado aos valores organizacionais. Em março, a plataforma recebeu o Prêmio Inovação para Mídias Sociais no @SXSW. A empresa nasceu em 2014. Em 2020 lançou sua plataforma de gerenciamento de talentos para unir agências, marcas e influenciadores e, no ano seguinte, a VN Sports, divisão de relações e gerenciamento de atletas para influenciadores esportivos maximizarem seu potencial. No Brasil o portfólio da Viral Nation conta com nomes como Julio Cocielo e a maquiadora Leticia Gomes. Profissionalização e diversificação de renda – A Non Stop é dedicada ao agenciamento e desenvolvimento de influenciadores. Emprega estratégias como uso de assessoria de imprensa, além do estímulo à presença em conteúdos como filmes e streaming ou redação de livros. Outro esforço é promover a parceria com marcas que tragam credibilidade. “Temos tanta preocupação em evitar ataques às marcas por comportamentos pessoais sobre os quais não temos controle, como falar besteiras em redes sociais, quanto com os valores da marca a serem associados ao influenciador”, diz o CEO Carlos Diniz, o Kaká. A Non Stop emprega big data e IA para contabilizar o alcance das redes, incluindo métricas sobre o público que acessou determinados stories, como faixa etária, georreferenciamento, produtos buscados etc. Um dos exemplos do casting da agência é a cantora Simone – hoje também influencer, atriz e youtuber. “Em sua estratégia musical, contratamos influenciadores”, diz Kaká. A Hotmart, plataforma digital fundada em 2011 pelos brasileiros João Pedro Resende e Mateus Bicalho para venda e distribuição de produtos digitais, é outra com foco na multiplicação do resultado de influenciadores. “Usar o marketing de influência como única estratégia não é sustentável a médio e longo prazos para as marcas. Para o criador de conteúdo, apostar nisso como fonte única de receita cria dependência e insegurança”, diz o vice-presidente global de assuntos corporativos Leandro Conti. “Negócios próprios como marcas, infoprodutos, mentorias e consultorias diminuem essa dependência e constroem uma comunidade engajada, convertendo audiência em clientes”, ele acrescenta. No ano passado, a Hotmart lançou soluções para criadores de conteúdo que vendem diretamente para sua audiência com base em tecnologia para otimização de tempo e geração de insights. Um exemplo é o Hotmart AI, que usa IA para sugerir estrutura e precificação de cursos online. Outros são o Hotmart Pages e o Hotmart Send, em que a IA é empregada para criação de páginas e campanhas de e-mail. (*) Martha Funke é jornalista e gestora de Comunicação pela ECA-USP (Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo) e liderou redações de editoras como Meio & Mensagem, Padrão Editorial e Segmento. Foi assessora de relações institucionais da Editora Abril e gerente de grupos de contas em agências de comunicação. É colaboradora regular do Valor Econômico há 20 anos e deste Anuário desde sua primeira edição, além de sócia-diretora da consultoria Funke Comunicações. Leandro Conti, vice-presidente global de assuntos corporativos da Hotmart

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