Anuário da COMUNICAÇÃO CORPORATIVA | 2024

Anuário da COMUNICAÇÃO CORPORATIVA | 2024 246 OLHAR COMUNITÁRIO Algumas empresas conseguem fazer balanços sociais, e assim medir não só a quantidade de pessoas atingidas, mas a abrangência de seus projetos. Outras mostram a relação entre o valor investido versus não apenas a quantidade de pessoas, mas o ambiente e o cenário impactados. O Monitor Empresarial de Reputação Corporativa − Merco, que avalia a reputação das empresas na América Latina, Portugal e Espanha e é auditado pela KPMG, tem o Ranking de Responsabilidade ESG, avaliação que mapeia como os discursos e a comunicação ESG estão alinhados e em coerência com as práticas e atitudes. O Instituto Neoenergia formulou a Teoria da Mudança, para entender quais são as premissas de sua atuação. Foram identificados os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) prioritários e, dentro deles, quais são as metas que os projetos da companhia alcançam. Há também prévias sobre o território: entender as condições socioeconômicas, as características, para definir se um projeto tem aderência àquele local e àquelas pessoas. “É assim que temos trabalhado nessa metodologia. Não é uma metodologia externa, fomos nós que a desenvolvemos. É a nossa forma de medir impacto por meio desses indicadores”, explica Renata Chagas. Anatrícia Borges procura trazer o S para as empresas atendidas pela LLYC. “Não consigo pensar no social sem pensar na questão ambiental. Como o racismo ambiental: pessoas que vivem em regiões periféricas sofrem mais”. Em um primeiro momento, é preciso estabelecer um documento padrão para as companhias. No segundo momento, pôr em prática a sustentabilidade que abrange toda uma legislação. “E o Brasil tem uma legislação ambiental muito eficiente”, acredita. “Infelizmente, as métricas do social ainda precisam ser melhoradas. Falta um tipo de parâmetro que seja universal”, é a opinião de Sônia Araripe. A consultoria é uma das etapas do trabalho da LLYC, que se baseia na premissa de que, se hoje há indicadores universais, é preciso segui-los. Horizontalizar o conhecimento, olhando o que se tem de padrão. Anatrícia vê um grupo de empresários interessado em capacitar pessoas, mas do ponto de vista deles. Cabe ao consultor trazer elementos do conhecimento construído para que o cliente entenda se está direcionando de maneira assertiva seu investimento em projetos sociais. É preciso construir um diálogo moderado e conectivo, saindo das polaridades que se tem hoje. Para tanto, deve-se ter ideia do impacto no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de determinado grupo da população. “É preciso mostrar às companhias o quanto já avançaram ou o quanto ainda estão atrasadas”, salienta Anatrícia. Antes, as empresas mostravam apenas os

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