Anuário da COMUNICAÇÃO CORPORATIVA | 2024 245 A Fundação oferece cursos à distância e gratuitos de formação continuada para qualificar os professores a desenvolverem práticas pedagógicas inovadoras, alinhadas à Base Nacional Comum Curricular (BNCC), e recursos qualificados de aprendizagem. Quem descreve é Leandro de Freitas. Nesse sentido, destaca-se o apoio ao MEC na formulação do eixo de competências e formação da Estratégia Nacional de Escolas Conectadas; atuação na consulta pública para a revisão do ensino médio, por meio das ONGs Todos Pela Educação e Movimento Pela Base; elaboração e divulgação do Guia de Implementação da Base Nacional Comum Curricular de computação para redes públicas. A empresa tem também atividades de advocacy sobre o tema, com a realização de webinários, oficinas para técnicos das secretarias e conselheiros estaduais; proposição de melhorias na carreira e políticas de formação em estados e União por meio da ONG Profissão Docente. O projeto oferece apoio técnico a grupos de trabalho de tecnologia da Frente Parlamentar Mista de Educação, do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed) e da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime). E realiza workshops sobre avaliação de competências digitais de estudantes, em parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic) e especialistas. Desde 2018, a Vivo tem ainda um programa pautado nos pilares de gênero, raça, LGBTI+ e pessoas com deficiência, além de iniciativas para contratação de profissionais 50+. Somente em 2023 foram abertas 2,7 mil vagas afirmativas na empresa. No programa de trainee e estágio, 50% das posições foram reservadas para talentos negros. Uma pesquisa de reputação, realizada pela Vivo no final do último ano com os principais públicos estratégicos – imprensa, governo e terceiro setor –, tem apoiado o planejamento de comunicação. No ranking do Merco 2023, subiu 13 posições e está nos Top 20 das empresas com melhor reputação no Brasil. Tal evolução reflete o propósito Digitalizar para Aproximar, contribuindo para a inclusão social, e o compromisso dos colaboradores com os ODS. Infância e adolescência Uma das iniciativas sociais mais longevas no Brasil é o programa Criança Esperança, que existe há 39 anos. Nesse período, apoiou e apoia seis mil projetos sociais, alcançando mais de 4 milhões de crianças e jovens. “Todos os recursos arrecadados são depositados diretamente na conta da Unesco, que é responsável pela seleção inicial dos projetos que vão receber o benefício, por meio de edital público, realizado anualmente, além de monitorar e fazer o acompanhamento técnico e financeiro das instituições apoiadas. É da Unesco, também, a responsabilidade em administrar a distribuição de todo o recurso arrecadado”, detalha Ferrara, da Rede Globo. Com recursos próprios, a Globo é parceira também de entidades de defesa dos direitos humanos, principalmente as ligadas à ONU, como o Acnur − Alto-comissariado das Nações Unidas para os Refugiados; o Unicef, Fundo das Nações Unidas para a Infância, focado na assistência a crianças em situação de vulnerabilidade; e o ONU Mulheres, pela igualdade de gênero e empoderamento feminino. Nesse nicho cabe ainda o projeto Negritudes, para reforçar e debater narrativas audiovisuais negras brasileiras. Há outras iniciativas com ênfase na educação, em conjunto com a Fundação Roberto Marinho, como o Movimento LED – Luz na Educação, para destacar projetos que estejam transformando o setor; e o Movimento Educa 2030, em conjunto com o Pacto Global da ONU, para promover educação inclusiva, equitativa e de qualidade. “Fomos pioneiros em projetos relacionados ao tema, como o Telecurso”, lembra Ferrara. Um dos compromissos da Agenda ESG da emissora é o Impacto Social do Conteúdo. Valendo-se da capilaridade de seus produtos, que chegam a 96% dos lares brasileiros, comprometeu-se a gerar, no conteúdo que produz – seja entretenimento, jornalismo ou esporte –, pautas ligadas ao tema e que se desdobrem em conversas e discussões relevantes para a sociedade. A Globo privilegia as práticas sustentáveis, que vão do consumo de energia renovável à gestão de resíduos com aproveitamento do material descartado. É uma empresa Carbono Neutro desde 2019 e a primeira do setor de mídia, no Brasil, a obter o Selo Ouro do Programa Brasileiro GHG, para o inventário de emissão de gases de efeito estufa. As instalações dos Estúdios Globo, que cobrem cerca de 1,73 milhão de m2, têm 70% de sua área preservadas com espécies da Mata Atlântica.
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