Anuário da COMUNICAÇÃO CORPORATIVA | 2024

EMERGÊNCIA SOCIOAMBIENTAL Anuário da COMUNICAÇÃO CORPORATIVA | 2024 216 de sustentabilidade é uma decisão das empresas, que já compreenderam que precisam engajar todo o seu público interno na cultura de sustentabilidade e que ser transparente com o mercado sobre isso é chave para a construção de suas marcas. “Sabemos, por pesquisas, que os consumidores estão olhando muito para empresas e CEOs que se posicionam para resolver problemas ambientais. Os consumidores da geração millenium já selecionam seus investimentos considerando empresas que se posicionam sobre o impacto sustentável que provocam”, afirma. Nesse sentido, Daniela considera que a comunicação passa a ter o papel ainda mais importante de garantir a transparência sobre a capacidade de as empresas exercerem seu papel na sociedade. “A reputação passa a entrar muito fortemente na pauta das empresas e, por causa disso, também na modelagem da comunicação, o que é gancho para crescermos de forma cada vez melhor, mas também para prestar muito mais atenção no que se fala e no que se faz”, destaca. O que a COP30 já está fazendo, segundo os especialistas, é jogar ainda mais luz sobre a atuação das empresas brasileiras, o que exige delas muito mais preparação, mais transparência, mais checagem de narrativas versus as práticas e processos internos e externos. “A preparação vai ser decisiva. Tudo aquilo que começar a ser criado hoje em termos de documentação vai ser fundamental para embasar as narrativas em 2025. Tudo aquilo que parecer bombástico no mês da COP30 não vai parecer verdadeiro. Por isso, as empresas precisam criar seus métodos de comunicação de sustentabilidade desde já, falando de seus projetos de impacto, suas preocupações, seus resultados”, recomenda Daniela. E o papel dos profissionais de comunicação, nessa construção, segundo Danilo Maeda, é o de fazer a curadoria da verdade: “Não basta contar histórias, tem de fazer a curadoria dessas histórias, voltar para a organização e apontar as falhas e inconsistências da narrativa. E depois fazer o contrário, traduzir o que está acontecendo dentro da organização em algo que possa ser compreendido pelos públicos externos. Nessa função a comunicação tem de ser extremamente crítica, senão teremos uma ponte construída a partir de cada uma das extremidades e que não se encontram no meio”. “Ainda vemos muitos erros graves, como problemas de letramento dos porta-vozes, por exemplo. Temos esse papel de ser uma linha de defesa do cliente, de qualificar o porta-voz e, para isso, temos de estar qualificados”, explica Germana Costa, sócia-diretora da Approach. A agência faz eventos internos de letramento para a equipe e para os clientes, a fim de manter a atualização constante das equipes. “Não dá pra enganar, é preciso dominar tanto os aspectos da agenda ESG quanto todas as ferramentas de comunicação para poder conectá-las com as necessidades de cada Germana Costa, sócia-diretora da Approach Cristiano Lagôas, presidente da Associação Brasileira de ESG

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