EMERGÊNCIA SOCIOAMBIENTAL Anuário da COMUNICAÇÃO CORPORATIVA | 2024 214 acrescenta Anaísa Silva. “A comunicação acompanha a transformação da economia e torna-se um agente de engajamento, de influência, sempre retratando o que está acontecendo de fato e com potencial de acelerar a mudança”, garante Lana. Segundo ela, no ambiente pré e pós COP30 as empresas serão muito cobradas por estarem ou não se mobilizando. A especialista acredita que durante 2024 as empresas, independentemente do grau de maturidade em ESG em que estejam, serão capazes de traçar uma estratégia factível, que responda a questões específicas de sustentabilidade, que serão ainda mais demandadas em função da COP30. “O importante não é ter um grande projeto, mas um bom projeto, que seja de fato consistente e possível”, explica. Lana recomenda que o ponto de partida seja uma boa matriz de materialidade cruzando todas as expectativas dos stakeholders nos quadrantes, elencando as prioridades e, então, atuar em cada um deles. “O que o mercado quer das empresas, inclusive o mercado de capitais, é um caminhar, um evoluir”, explica. “Precisamos entender que ESG é uma jornada, e uma jornada longa. O ideal é traçar metas factíveis, com deadlines factíveis, mostrar a estratégia para alcançar essas metas e ir caminhando, mostrando a evolução do processo. Aqui, a comunicação deve atuar em dois momentos-chave: o primeiro é conferir transparência ao processo, ao informar sobre qual problema será enfrentado, com quais metas, quais KPIs e detalhando o plano de ação. O segundo é na comunicação dos resultados, e aqui estamos falando de resultados parciais, numa prestação de contas consistente e contínua”. Além disso, Lana acredita que a comunicação de uma empresa tem o poder de influenciar outros agentes a entrarem no processo. Conhecimento é fundamental Para que tudo isso aconteça, porém, o nível de especialização dos profissionais tem de ser muito alto. ESG, sustentabilidade, emergência climática são problemas dinâmicos e tão complexos que não é possível, no entender dos especialistas, trabalhar a comunicação sem que se tenha um aprofundamento contínuo sobre eles. “A empresa não pode ter uma crise porque divulgou um release com o letramento incorreto”, alerta Ellen Bileski, fundadora e diretora da Ecomunica. “E não é responsabilidade dos clientes fazer esse letramento dos profissionais de comunicação. Mas é uma resEstevam Pereira, fundador do Grupo Report Ellen Bileski, fundadora e diretora da Ecomunica
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