Anuário da COMUNICAÇÃO CORPORATIVA | 2024

Anuário da COMUNICAÇÃO CORPORATIVA | 2024 213 gulação internacional a importância e a relevância da participação social nos assuntos ambientais e climáticos”, afirma Marina Esteves, coordenadora de Projetos em Clima e Meio Ambiente no Instituto Ethos. “Com isso, toda a discussão sobre cobenefícios sociais e de biodiversidade associados às ações de clima passa a ocupar posição central no caminho de construção de ações até a COP30. Vemos como uma tendência crescente a junção de temas dentro do eixo socioambiental, pois a percepção é de que a mudança do clima tem por principal impacto a alteração nos modos de vida”. Esse cenário delicado e complexo é que fundamenta o caráter prioritariamente crítico e conjuntural da cobertura da mídia nacional e internacional da COP30. Mas é também a oportunidade para que as agências de comunicação aprofundem seu papel de consultoria junto aos clientes. “Nunca as agências de comunicação tiveram tanta relevância, justamente para facilitar o diálogo com os stakeholders”, afirma Anaisa Silva, diretora de atendimento, gestão de imagem e ESG da CDI Comunicação. “Estamos vivendo mudanças grandes no nosso estilo de vida e o consumidor hoje tem muito poder, os movimentos sociais têm muito poder. Os críticos são stakeholders das marcas”, complementa. A agência já começou a ouvir as demandas e expectativas sobre a COP30 e está focando o trabalho na análise individual de cada caso para poder decidir o que será oferecido a cada cliente. Consultoria e articulação Estevam Pereira, fundador do Grupo Report, consultoria de sustentabilidade e ESG, vai mais longe: “A COP não é uma questão de comunicação, mas de engajamento em uma agenda compartilhada”. Por isso, na opinião dele, as agências de comunicação precisam assumir cada vez mais o papel de consultoria e articulação. Elas são as grandes especialistas em ouvir e traduzir para todos os envolvidos as ideias, críticas, mensagens e anseios colhidos. “É importante transformar a agência de comunicação em um grande hub de conexões para os clientes trabalharem juntos na agenda ESG”, aponta Lana Pinheiro, diretora especializada em ESG da GBR Comunicação. Afinal, “sustentabilidade não é uma narrativa, sozinha não se sustenta”, afirma Claudia Vassalo. “Hoje o relacionamento é com todo mundo, vai muito além do relacionamento com a mídia”, Marina Esteves, coordenadora de Projetos em Clima e Meio Ambiente no Instituto Ethos Anaisa Silva, diretora de atendimento, gestão de imagem e ESG da CDI Comunicação

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