Anuário da COMUNICAÇÃO CORPORATIVA | 2024

EMERGÊNCIA SOCIOAMBIENTAL Anuário da COMUNICAÇÃO CORPORATIVA | 2024 212 Perdas e Danos’ para apoiar países afetados pelo aquecimento global”, afirma Caio Magri, diretor do Instituto Ethos. “Esperamos que a COP30 seja um marco no cumprimento efetivo das promessas e compromissos até então assumidos pela comunidade internacional”. Nesse sentido, os debates tenderão a sair dos consensos usuais para colocar o dedo em feridas mais graves. Danilo Maeda, head da Beon ESG, consultoria em estratégia de sustentabilidade da FSB Holding, destaca que “os países em desenvolvimento, historicamente, emitiram muito menos gases de efeito estufa do que os países ricos, exceção à China. O Brasil é muito cobrado com relação a metas de desmatamento, mas é o país que historicamente menos desmatou em comparação com os outros que praticamente esgotaram sua cobertura florestal e acabaram com seus biomas naturais no processo de construção de suas riquezas”. O executivo lembra que, além de ser a COP da Amazônia, a COP30 tem um destaque maior porque nela serão revistas as metas de redução da emissão de gases de efeito estufa propostas no Acordo de Paris, assinado por 195 países – o Brasil inclusive – em 2015. “Os compromissos assumidos no Acordo de Paris não são suficientes para manter o aquecimento global em 1,5 grau. Mas, como no acordo anterior, o Protocolo de Kioto, o método utilizado foi o de regulamentação imposta, o acordo não se transformou em prática. Por isso, o Acordo de Paris foi feito com o método de meta autodeclarada, o que permite sua verificação e revisão agora”, explica Maeda. Na visão dele, as empresas que atuam no Brasil precisam se colocar como participantes desse processo, uma vez que serão cobradas por sua responsabilidade no atingimento das metas propostas pelo País. Para o Instituto Ethos, as empresas que atuam no Brasil já estão trabalhando nesse sentido, juntamente com as organizações sem fins lucrativos. “O Brasil historicamente adiciona ao debate da reCaio Magri, diretor do Instituto Ethos Danilo Maeda, head da Beon ESG, consultoria em estratégia de sustentabilidade da FSB Holding © Claudio Tavares

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