Anuário da COMUNICAÇÃO CORPORATIVA | 2024 11 sua concretização é fruto da parceria entre a Associação Brasileira das Agências de Comunicação (Abracom), o Grupo Empresarial de Comunicação (Gecom), a Jornalistas Editora e a Mega Brasil Comunicação. A realização coube ao Instituto Corda – Rede de Projetos e Pesquisas, o mesmo que coordena, desde o início, o Ranking das Agências de Comunicação e os indicadores setoriais aqui publicados. Alteramos, este ano, a dinâmica do Caderno Mercado, que conta com a participação direta das cerca de 70 agências de comunicação que apoiam este Anuário. Pedimos a cada uma delas um artigo em que comentasse o ano que passou, as perspectivas para este 2024 e uma reflexão sobre como enxergava a atividade e os negócios, com seus desafios, complexidades e potenciais. Não temos dúvidas em afirmar que essa é uma das mais importantes e valiosas contribuições para quem vive, respira e tem interesse nesse mercado. Em cada um dos artigos encontramos um pouco das inquietudes de quem está na estrada, há muito ou pouco tempo. Mais do que isso, são páginas que mostram a alma e o potencial de uma atividade que ano a ano vai elevando a sua maturidade e a sua relevância no mundo dos negócios, na cena pública e na consolidação da democracia, esse bem tão caro à sociedade e que tem sofrido ataques permanentes de grupos extremistas. Nossa Pesquisa com Agências de Comunicação registrou, este ano, a participação de 211 empresas e, dessas, as 136 que abriram o faturamento de 2023 compõem o Ranking das Agências de Comunicação, que pela primeira vez registra uma agência superando a receita de meio bilhão de reais no Brasil, o que demonstra o potencial de negócios do mercado da comunicação. A Pesquisa traz os tradicionais indicadores setoriais, abrangendo itens como investimentos, número de colaboradores, expectativas para as empresas e para o mercado em geral, formação profissional das equipes, perfil racial e de gênero das equipes, índices de produtividade por colaboradores e clientes, principais serviços demandados pelo mercado-cliente, entre outros, incluindo a estreia de uma investigação inicial sobre o uso quantitativo do press releases como ferramenta no trabalho de assessoria de imprensa e relacionamento com a mídia. São números surpreendentes. O cardápio desta edição conta ainda com oito reportagens especiais produzidas por uma equipe experiente, qualificada e que acompanha há anos o mercado da comunicação corporativa, quase todos nossos conhecidos das edições anteriores. Maysa Penna nos traz, em sua reportagem, um panorama alentado de como a comunicação corporativa se prepara para participar da COP30, evento do clima que acontecerá em novembro de 2025, em Belém (PA), e que já movimenta equipes e recursos com vistas a uma participação mais eloquente e efetiva no projeto. De seus apontamentos, fica a certeza de que quem não se antecipar vai comer poeira, indo parar no final da fila, isso se não ficar de fora da festa. A segunda reportagem é de autoria de Rosenildo Ferreira, profissional premiado e dos mais respeitados por sua trajetória no jornalismo e como ativista da causa racial. Demos a ele o desafio de mostrar a presença dos negros em posições de liderança na comunicação corporativa, dentro da perspectiva de trazer o tema para o debate e reflexões, sobretudo nesse novo tempo em que a questão racial ganha relevância e conquista mentes, sobretudo dentro das organizações empresariais. Rosenildo constata o deserto que há nesse campo, ao mesmo tempo em que demonstra que há, de fato, um processo em andamento e que poderá progressivamente alterar esse cenário de quase total branquitude na comunicação corporativa, em especial nas funções de liderança. Cristina Carvalho foi a campo investigar o lado cidadão das marcas e empresas, com o objetivo de mostrar como tem sido a presença do S, da sigla ESG, na agenda das corporações brasileiras. A reportagem nos dá conta de que há de fato um empenho relevante das corporações de prestígio em dar sua contribuição nesse campo, associando-se aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) estabelecidos pela ONU para a Agenda 2030, que visam acabar com a pobreza, proteger o meio ambiente e o clima. Ela lembra, em seu texto, por exemplo, que, entre os 17 objetivos listados,
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