Anuário da COMUNICAÇÃO CORPORATIVA | 2024

Anuário da COMUNICAÇÃO CORPORATIVA | 2024 101 pilar de qualidade de vida: instituímos a semana de quatro dias de trabalho. Seguindo a tendência de países como Reino Unido, Japão, Nova Zelândia e Islândia, onde a adoção do novo modelo constatou pontos positivos, como aumento de produtividade, crescimento de receita e melhoria do bem-estar dos colaboradores, implementamos uma dinâmica de revezamento da equipe que nos permite seguir funcionando entre segundas e sextas-feiras, atendendo a todas as necessidades dos clientes, mas com o benefício de mais tempo livre para os funcionários. Falando em tendências, estamos também atentas ao uso de dados e da inteligência artificial (IA) na área de comunicação. Os dois temas vieram com força no último ano, e acreditamos que continuarão sendo os principais vetores de transformação do setor não só em 2024, como também nos próximos anos. Outro aspecto que parece ganhar bastante destaque é a queda das fronteiras entre comunicação e marketing, com as duas áreas caminhando conjuntamente e com sinergias que impactam diretamente a reputação e a imagem das empresas, o que reflete em um movimento de busca por equipes mais multidisciplinares e com experiências diversas. Acreditamos que 2024 começou com bons ventos não só aqui na Aliá RP, mas no mercado como um todo. Que seja um ano de fortalecimento do setor e de maior reconhecimento da comunicação como ferramenta estratégica de negócios. Pós-crise, novos serviços, gerações e afins BRAVA A maré está para peixe, para pescador, para surfista e para navegação. O mercado achou seu rumo no que ainda podemos chamar de pós-pandemia. E que seja esta a minha última análise falando desse fatídico momento de realinhamento de fees, de modelos de negócio e formas diferentes de trabalho, além do comportamento do consumidor. Por alguns meses, muitos precisaram boiar, para só então voltarem a nadar de braçada. Permita-me uma última comparação com o mar, fazendo referência ao megainvestidor Warren Buffet: “Só quando a maré seca é que você descobre quem estava nadando nu». Pronto! Entramos em outra fase. Pelo Nordeste, capitais como Recife, Fortaleza e Salvador consolidam-se como referência em tecnologia da informação, inovação e criatividade. O interior também se destaca: Petrolina (PE), Caruaru (PE), Feira de Santana (BA), Luís Eduardo Magalhães (BA), Sobral (CE) e Crato (CE) são algumas praças cujo desenvolvimento econômico demanda serviços diversos de comunicação, cada vez mais entrelaçados de forma estratégica. Empresas cujas sedes estão no Sudeste entendem a diversidade cultural e a necessidade de uma comunicação que respeite essa cultura, gerando uma conexão mais genuína com o público. Existe uma fortíssima demanda por comunicação nas empresas, e eis o imenso oceano azul pela frente. O que antes pertencia ao escopo exclusivo de empresas de relações públicas ou recursos humanos, por exemplo, foi se desenvolvendo nas agências: implementação de processos de comunicação, estabelecimento de canais com os públicos, treinamento para atendimentos, videoaulas, roteiro de vendas, entre tantos outros, embarcados no círculo da comunicação. Tudo isso sem falar nas fronteiras da publicidade e relações públicas, que já se inter-relacionam há bastante tempo. Tudo é comunicação. O surgimento de novos modelos de negócio impulsiona a diversificação dos serviços oferecidos pelas agências. Haja estrangeirismo para batizar o que antes não existia. Há inclusive funções ainda sequer completamente definidas. O especialista tem seu espaço. O profissional com múltiplas

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