Anuário da COMUNICAÇÃO CORPORATIVA | 2023 87 Pandemia foi um verdadeiro divisor de águas em nosso segmento CENTRAL PRESS usuários do setor, de que a IA se encarregará da realização de uma boa parte das atividades de comunicação, reservando ao profissional humano maiores oportunidades para se dedicar a funções consideradas, digamos assim, mais nobres. Fagundes, no entanto, avança na leitura sobre a participação da IA nas agências, do ponto de vista do negócio: “Ressalvadas as várias questões éticas que surgem, essa tecnologia pressiona ainda mais as agências para apresentarem inovações, além de demandar um forte investimento em atualização dos profissionais do setor”. A Central Press ampliou o escopo de atuação, em 2022, com novos serviços digitais, incluindo performance, growth hacking e BI, e a inauguração do estúdio CentralCast, para produção de lives, podcasts e webinars, entre outros. “Nossa operação do Reino Unido também vem se consolidando e crescendo a um ritmo um pouco menos acelerado, mas constante”, acrescenta Claudio Stringari, sócio-fundador da agência fundada em Curitiba, em 1998. Os desafios de 2022 permaneceram os mesmos, segundo Lorena Nogaroli, ela também sócia-fundadora da Central Press. “Orçamentos apertados, mercado concorrido, espaços cada vez mais disputados na mídia, luta por relevância e, claro, manter os bons profissionais e encontrar qualificados para ocupar as novas vagas abertas. Nossa agência precisou aumentar significativamente a equipe em 2022 e esse foi um grande desafio. Por isso, seguimos investindo em estratégias de atração e retenção de talentos e na capacitação do time”. Stringari e Lorena consideram as velozes mudanças no campo da comunicação a principal responsável pelas transformações no segmento das agências. “Novas soluções surgem a cada dia e o modelo de negócio de cinco anos atrás já não serve mais para esse novo momento. A pandemia foi um verdadeiro divisor de águas em nosso segmento e vai sobreviver quem se adaptar mais rápido − e entender antecipadamente para onde o mercado está indo”, assinala Lorena. “O fortalecimento virá com a profissionalização cada vez maior do setor e com o entendimento por parte dos contratantes do papel preponderante das agências de comunicação. Nosso escritório em Londres nos permite acompanhar essas mudanças antecipadamente e com maior velocidade, colocando-nos em vantagem competitiva nesse quesito”, completa Stringari. Com os novos planos e investimentos, a Central Press deve registrar crescimento entre 6% e 10%. “Nossa lucratividade em 2023 deve ser um pouco menor”, diz Lorena. “Vivemos um momento Lorena Nogaroli e Claudio Stringari: escritório em Londres permite à agência acompanhar as mudanças antecipadamente e com maior velocidade
RkJQdWJsaXNoZXIy NDU0Njk=