Anuário da COMUNICAÇÃO CORPORATIVA | 2023

Anuário da COMUNICAÇÃO CORPORATIVA | 2023 45 nicação corporativa no País e amplia as perspectivas de crescimento da agência para os próximos meses. “O mercado evoluiu profundamente, do modelo de negócio ao alcance do nosso papel para as empresas e marcas. Com isso, vejo um caminho mais amplo de atuação e oportunidades para o nosso setor”. Nesse cenário, a tecnologia digital é a grande aliada, na opinião de Bamberg: “A tecnologia acompanha a ambição da sociedade em promover crescimento, inovação, eficiência e qualidade para experimentar o máximo à nossa disposição, e permitir nos concentrarmos no que tem mais valor agregado. Do ponto de vista da comunicação e da criatividade, mecanismos como o ChatGPT, entre outros, vão evoluir muito mais e facilitar o trabalho, permitindo que os profissionais agreguem cada vez mais o diferencial humano, único e criativo, de forma eficiente”. O CEO da Ketchum arrisca um parâmetro nessa equação entre nós e os robôs: “Ou seja, 80% do trabalho passa a ser a qualificação do conteúdo que produzimos e elevação da entrega, enquanto as ferramentas nos apoiam na escala e na velocidade”. De outro lado, o CEO manifesta preocupação com o nível de percepção, pelo setor corporativo, do valor das atividades desempenhadas pelas agências, e destaca a relevância das ações setoriais para a correção de algumas práticas equivocadas em processos de concorrências: “Continuamos a ver concorrentes oferecendo negócios insustentáveis, e clientes exigindo cada vez mais por menos. Chamo a atenção para a importante campanha promovida pela Abracom (Associação Brasileira das Agências de Comunicação), pela educação e promoção de concorrência leal e saudável”. Bamberg faz ainda uma leitura pontual do inadequado processo de compra dos serviços de comunicação corporativa: “O volume de concorrências qualificadas em 2022 foi muito inferior ao esperado, com negociações não razoáveis e briefings pouco qualificados”. Outra questão que trouxe desafios para a Ketchum, e para todo o setor, refere-se ao capital intelectual das agências: “Os dois grandes desafios foram custo e qualidade da mão de obra, temas cada vez mais caros ao nosso negócio e à indústria como um todo”, diz o CEO.

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