FRONTEIRAS DA COMUNICAÇÃO Anuário da COMUNICAÇÃO CORPORATIVA | 2023 362 O marketing de influência ganhou novos contornos com a ascensão das mídias sociais. Por aqui, a internet é empregada por 84,3% da população, 181,8 milhões de usuários. Entre eles, 152,4 milhões são adeptos das mídias sociais, 70% de todos os brasileiros. Os dados, de janeiro, são do DataReportal. O portal indica, por exemplo, que o número de usuários do YouTube chegou a 142 milhões no Brasil no início do ano, enquanto o Instagram alcançou 113,5 milhões e o TikTok, 82,21 milhões. “Somos pessoas relacionais em comparação com outros continentes. O brasileiro tende a se conectar e veicular mais, é um público que se prende mais nas redes e conecta-se mais com influenciadores”, avalia Daniela Salvador, professora da Aberje (Associação Brasileira de Comunicação Empresarial). Não é por acaso que empresas e marcas investem para formar uma rede de parceiros, com mapeamento de influenciadores absorvendo parcelas relevantes de orçamentos e, por vezes, superando aquelas dedicadas à propaganda tradicional. Não é uma tarefa simples. Com celebridades e influenciadores de grande audiência, e número de seguidores superior ao de espectadores de canais de TV aberta − tradicionalmente os grandes campeões da mídia nacional −, ao lado de nano e microinfluenciadores com menos seguidores, mas grande expertise em temas dos mais diversos, quem entrou nessa seara há mais tempo sofreu para qualificar um a um até conseguir estabelecer com quem valia a pena trocar figurinhas, de graça ou não. “Há um crescimento incrível do uso de influenciadores digitais nas estratégias que as agências de comunicação criam para seus clientes”, avalia Daniel Bruin, da Abracom. De acordo com ele, o fenômeno é relativamente recente, mas explodiu por causa da faMarketing de influência: pago ou espontâneo
RkJQdWJsaXNoZXIy NDU0Njk=