Anuário da COMUNICAÇÃO CORPORATIVA | 2023 35 Se os desafios representam também oportunidades, o ano de 2023 será período de forte expansão dos negócios para a agência Ideal, que passou por profundas transformações em 2022. O Grupo Ideal, holding que controlava a Ideal e a H+K Strategies Brasil, deixou de existir após a reformulação das operações da Hill+Knowlton no País e na América Latina. As agências foram separadas e a Ideal iniciou processo de internacionalização, com abertura de escritórios em outros países. Nessa sequência de reestruturação, a JeffreyGroup, adquirida em 2022, também passou a fazer parte do Grupo Hill+Knowlton. “A Ideal já abriu operações no México, está iniciando também nos Estados Unidos e o próximo passo deverá ser a Europa. Vejo boa perspectiva nesses mercados internacionais. E, sim, 2023 será um ano desafiador, mas importante para consolidar a nova Ideal global”, afirma Ricardo César, fundador e CEO global da agência. Os novos caminhos da Ideal acompanham a trajetória de fortalecimento da comunicação corporativa no Brasil, que atingiu novo patamar nos últimos três anos e sem qualquer perspectiva de retrocesso. “É impressionante como o nosso setor deu um salto no Brasil nos últimos anos. O segmento cresceu, diversificou sua oferta de serviços, avançou em transformação digital e ESG e se profissionalizou. Também vimos importantes movimentos de fusões e aquisições, sendo sem dúvida o maior deles a aquisição da JeffreyGroup pela Hill+Knowlton, em 2022. A nossa associação setorial, a Abracom (Associação Brasileira das Agências de Comunicação), ganhou peso e mais protagonismo. Novas agências surgiram com muita qualidade”, diz César. Nesse contexto de ampliação dos negócios, o uso apropriado da tecnologia digital é imprescindível. No caso da inteligência artificial, por exemplo, caberá ao setor utilizá-la de forma positiva e mitigar ou prevenir seus potenciais pontos negativos, na opinião do CEO da Ideal. “É preciso ficar atento a questões como direitos autorais − já que as IAs, basicamente, alimentam-se de informações públicas pesquisadas na internet −, além de outros aspectos éticos. Mas, no geral, acredito que o uso adequado vai permitir cada vez mais automatizar funções repetitivas, conferir escala e velocidade e liberar tempo para que os profissionais sejam mais estratégicos e consultivos, para que façam a parte mais nobre e importante do nosso trabalho”. Sobre o capital intelectual das agências, o CEO da Ideal traz à discussão a oferta de profissionais qualificados e preparados para formar equipes interdisciplinares: “Foi desafiador, em 2022, encontrar e manter bons profissionais. O mercado acelerou-se demais nos últimos três anos. Outros segmentos, como startups de tecnologia, também disputaram esses talentos. Tudo isso criou um mercado de trabalho aquecido e volátil. Acho que em 2023 vamos 2023 será um ano importante para consolidar a nova Ideal global IDEAL Ricardo César: segmento cresceu, diversificou sua oferta de serviços, avançou em transformação digital e ESG e se profissionalizou
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