Anuário da COMUNICAÇÃO CORPORATIVA | 2023 323 volvimento de analistas para atuação na área, com acompanhamento de gerentes e recursos humanos. “As organizações precisam ir além do plano de carreira estruturado para reter seus talentos”, afirma Ricardo Mendes, sócio-diretor da agência. O perfil da consultoria exige profissionais para colaborar com a criação e execução de estratégias que posicionem clientes em agendas públicas na região da América Latina. Por causa disso, os cargos de entrada, estagiários e analistas, desenvolvem-se nas áreas responsáveis por geração de conteúdo e monitoramento de temas críticos aos clientes, em busca de atuação nas áreas fins, como atendimento. Os profissionais de destaque galgam posições de consultores e gerentes – estes últimos, por exemplo, atingem grau de maturidade para gerenciar uma carteira de determinado setor, com possibilidades de contato com altos executivos e agentes do poder público em diferentes esferas governamentais. “A tendência é que cada vez mais se contratem pessoas por suas competências comportamentais, alinhadas aos valores que a organização possui como balizadores de cultura”, completa Mendes. Dessa forma, aspectos de ordem técnica (hard skills), ainda que sejam importantes para o exercício da função, perdem cada vez mais espaço para as soft skills. Habilidades pessoais – Isso se reflete em questões como a chegada às agências de cargos e profissionais que sequer se imaginava dois anos atrás, a queda de barreiras entre marketing, digital e RP, a necessidade de domínio de novas tecnologias e o aprimoramento de habilidades pessoais (soft skills) para colocar o profissional em novo patamar de estrategista e analista de cenários – já que, na função de consultoras de comunicação, as agências começam a se assemelhar às consultorias de gestão empresarial. “As agências aceleraram os processos de experiência de colaboradores e ações de desenvolvimento de pessoas no mesmo ritmo das transformações no mercado de comunicação, por mais dinamismo, inteligência, envolvimento no negócio e habilidades multidisciplinares dos profissionais”, diz Sandra Uehara, diretora de RH da Ketchum. Segundo ela, quando são analisadas as estruturas de atendimento, relacionamento e experiência do cliente, o design organizacional é semelhante entre as agências, com diferenciação em áreas especializadas, a exemplo de marketing de influência, mídia, criação, social media, digital e planejamento. Mas a mesma análise é diferente quando comparadas às empresas não-agências, com subunidades de negócios seguindo a relevância da comunicação de acordo com suas estratégias. Além de adotar políticas para adequação de cargos e salários, mérito e transições internas, a Ketchum investiu em tecnologia para mais agilidade e transparência sobre progressão de carreira, adotou plataforma especializada baseada em carreira e mensuração de engajamento, e usa os indicadores para direcionar iniciativas para satisfação de pessoas. Flavia Caldeira, diretora sênior da LLYC Sandra Uehara, diretora de RH da Ketchum
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