Anuário da COMUNICAÇÃO CORPORATIVA | 2023

Anuário da COMUNICAÇÃO CORPORATIVA | 2023 317 dústria”, descreve Luiz Lima, sócio responsável pelo RH da FSB. “O modelo de negócio do setor evolui para consultoria e o entendimento de estratégias dos clientes faz toda a diferença”. Ele próprio é exemplo desse processo. Ex-Natura e Unilever, chegou à agência em 2017 como consultor e este ano passou a sócio, responsável por pessoas, gestão e governança. Em sua avaliação, o setor está bem no filme no que diz respeito à evolução na área de pessoas. Mas está mal na foto se comparado a outros setores. Para buscar equiparação, a FSB ampliou sua equipe dedicada de RH, hoje com 35 profissionais. Está ampliando seu percentual de celetização, já perto de 100% nos níveis de entrada, entre talentos com potencial de destaque e na camada de liderança. Além disso, mais de uma centena de executivos já são sócios da empresa. A profissionalização do processo de gestão de pessoas hoje passa pela etapa de arquitetura de cargos e salários, para formalizar a estrutura, indicar questões necessárias para mudança de posição, fortalecer as trilhas de crescimento e dar clareza aos empregados sobre suas perspectivas de carreira com menos subjetividade. Os atributos da proposta de valor para maior atratividade também estão sendo melhor definidos, como a oportunidade de crescimento no ritmo do próprio negócio – hoje são cerca de 250 clientes –, a chance de liderar carteira própria ou virar sócio da empresa. Salário e carreira – O Grupo FSB já tem uma área de comunicação interna e veículos com times multidisciplinares (squads) de comunicação, além da formalização de mensagens via whatsapp, websites e fóruns. Agora, a chegada de um profissional sênior e a análise de ferramentas tecnológicas devem alavancar a área. As medidas estão ajudando a reduzir o turnover, mais observado em camadas intermediárias de talentos, para os quais algum acréscimo salarial é mais atraente em curto prazo do que a perspectiva de maiores ganhos ao longo da carreira; e entre os mais jovens, em que se percebe o receio de formalizar, como o registro de um contrato na carteira de trabalho. O comportamento da geração Z ou dos millenials, nascidos na virada do milênio, não é exclusivo do mercado de comunicação, é claro. A questão é que eles trazem novos valores para a mesa de negociação com empregadores e são essenciais para organizações que precisam estar a par das tendências tecnológicas digitais, principalmente aquelas que passam a intermediar relações entre pessoas, marcas, produtos e empresas. Alessandra Ritondaro, presidente da Weber Shandwick Luiz Lima, sócio responsável pelo RH da FSB

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