NOVOS NEGÓCIOS Anuário da COMUNICAÇÃO CORPORATIVA | 2023 314 Claudio Stringari, sócio-fundador da Central Press (*) Dario Palhares é jornalista formado pela Universidade Metodista de São Paulo e acumula, em quase 40 anos de trajetória profissional, passagens por importantes veículos, casos de O Globo, Folha de S.Paulo, Exame e A Tribuna (Santos), e em comunicação corporativa. Autor de livros e artista plástico nas horas vagas, dedica-se atualmente à produção de conteúdos e ao desenvolvimento de projetos de memória corporativa e esportiva. um pouco o nosso inglês ‘so-so’, mas erramos feio. Não havia nenhum brasileiro na Brazil”, conta Stringari. “A razão social da agência foi resultado da única viagem realizada até então ao Brasil pelo CEO Joshua Van Raalte. Ele ficou fascinado e resolveu tomar emprestado o nome da nação para o seu negócio, que foi aberto há 20 anos”. Formalizada em 2013, a parceria prosperou. A Central Press cedeu a sua sede, em Curitiba, para a instalação de um dos três postos avançados no exterior da Brazil, que também marca presença em Boston e San Francisco, nos Estados Unidos. Da mesma forma, a equipe da agência brasileira no Reino Unido – formada por Lorena Nogaroli, também diretora e fundadora da Central Press, pela jornalista Andrea Côrtes e por um funcionário britânico – utiliza com muito mais frequência o QG da Brazil do que a sua acanhada base de operações em um coworking no bairro de Knightsbridge, nas imediações do Hyde Park. “Além de instalações, dividimos experiências, cases e jobs”, diz Stringari. “Atendemos a clientes britânicos da Brazil no mercado local e, sempre contando com o apoio do nosso parceiro no Reino Unido, oferecemos serviços de divulgação internacional para empresas brasileiras”. As quatro contas do braço britânico já respondem por 10% do faturamento da Central Press, com viés de alta. As projeções indicam um crescimento da fatia das receitas externas no bolo total, da ordem de três pontos percentuais ao ano a curto prazo. A médio prazo, contudo, Stringari e Lorena terão, muito provavelmente, de calibrar para cima as estimativas, com a abertura prevista de seu segundo escritório no exterior, em algum ponto bem a leste do primeiro. “Nosso projeto original previa a abertura de um escritório na União Europeia. Como o Reino Unido resolveu abandonar o ‘clube’, estamos em busca de opções na Europa continental, onde pretendemos iniciar operações em dois ou três anos”, diz Stringari. “A Itália é a franca favorita. Pesquisei in loco o mercado italiano em 2015, identificando também – nos mesmos moldes do trabalho realizado em 2012 em Londres – agências que poderão se tornar parceiras”. Rara até mesmo entre grandes agências nacionais, a presença no exterior só rendeu bons frutos à Central Press.A exposição na valorizada vitrine britânica garantiu à empresa paranaense, criada há 25 anos, a conquista da conta da finlandesa Valmet – especializada em sistemas de automação para indústrias de papel, celulose e energia – e despertou o apetite por compras de dois grupos estrangeiros de RP. Com um deles, que já tinha operações no mercado local, as negociações foram interrompidas em estágio avançado. Com o outro, que ainda prepara sua estratégia de desembarque no Brasil, o diálogo permanece em banho-maria. “Não houve, até o momento, nenhuma oferta concreta desse segundo grupo, apenas uma sondagem”, observa Stringari. “Se eles, contudo, apresentarem uma proposta que contribua, de fato, para acelerar os projetos que temos em andamento, a conversa poderá nos interessar”.
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