Anuário da COMUNICAÇÃO CORPORATIVA | 2023 313 mento de sua expertise de dois grandes grupos de RP, por meio de representantes, aposta em parcerias, sistema adotado na programação de websites. A prospecção se estende ao exterior, durante as participações dos sócios em grandes eventos internacionais, caso do World of Web (WOW) Summit, em Lisboa. “Conversas com potenciais parceiros são constantes”, diz Pinto. “Estamos atrás de especialistas em mídia programática e, sobretudo, marketing de influência. Queremos identificar influenciadores digitais em outras regiões do País, além do Sudeste”. Atenta, desde a infância, a novas tecnologias, a Midiaria.com já aderiu à inteligência artificial. No início do ano, ferramentas como o ChatGPT 4 começaram a ser utilizadas, em caráter experimental, em pesquisas para a elaboração de posts para os perfis de alguns clientes no Instagram. A prática tende a ganhar escala na agência, mas, destaca Pinto, sempre com pelo menos duas checagens dos conteúdos gerados pelos sistemas do gênero da Open AI e outras desenvolvedoras. “Por mais ‘inteligentes’ que sejam, as ferramentas de IA não conseguem identificar o tom e a linguagem desejados pelos clientes. O ChatGPT 4, por exemplo, tem um discurso muito duro”, assinala o empresário. “A comunicação corporativa terá, obrigatoriamente, de abraçar a IA e outras tecnologias de ponta, mas sempre as combinando com o saber e o talento humanos”. Negócios no exterior – Na Central Press, 54a colocada no ranking do Anuário da Comunicação Corporativa, a digitalização do menu oferecido ao mercado ganhou intensidade a partir de 2018. Desde então, a agência paranaense começou a dispor de opções em marketing digital, gestão e monitoramento de redes sociais, entre outras áreas. Dois itens recentes são serviços de inteligência de negócios e growht hacking, que consistem na análise e no uso de dados para alavancar estratégias dos clientes. “O caminho das relações públicas é a especialização em ambientes digitais, soluções de marketing e conteúdo, com o uso intensivo de tecnologias”, diz o sócio-fundador Claudio Stringari. Para enfrentar esse desafio, a Central Press pretende dispor de ferramentas próprias e apoio estrangeiro. Contando há quatro anos com um escritório em Londres, a agência se prepara para submeter ao governo do Reino Unido, neste primeiro semestre de 2023, propostas de financiamento para o desenvolvimento de dois projetos digitais – um de RP, outro de marketing. “O ecossistema de inovação britânico já vem fazendo sombra ao Vale do Silício, na Califórnia”, diz Stringari. “Entre 2010 e 2020, por exemplo, os investimentos realizados em startups no Reino Unido cresceram quase dez vezes, saltando de 1,2 bilhão para 11,3 bilhões de libras”. Ambos os projetos foram concebidos em conjunto com a Agency Brazil, parceira da empresa brasileira na matriz do antigo império britânico. A aliança começou a ser costurada em 2012, quando Stringari e sua sócia, a jornalista Lorena Nogaroli, foram a Londres para aperfeiçoar o seu domínio da língua de Shakespeare e se inteirar de novidades em mídias digitais. A dupla visitou diversas agências, grandes e pequenas, e resolveu incluir em seu roteiro a Agency Brazil, instalada no bairro do Soho, dando como líquido e certo que encontraria alguns conterrâneos por lá. “Apostávamos que poderíamos economizar Kleber Pinto, sócio-fundador da Midiaria.com
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