NOVOS NEGÓCIOS Anuário da COMUNICAÇÃO CORPORATIVA | 2023 312 sa para as empresas de médio porte do setor, que não podem prestar o atendimento personalizado, olho no olho, das “butiques”. O caminho, para o CEO da Weber Shandwick Brasil, são fusões – solução, por sinal, adotada por ele e Ronaldo de Souza, sócios da S2, e Aldo De Luca e Luciana Gurgel, titulares da Publicom, que criaram, em julho de 2010, a S2 Publicom, à época a quinta maior agência do País, arrematada, em setembro do ano seguinte, pelo Interpublic. “Fusões viabilizam ganhos de escala, com reduções de custos fixos, e relevância no segmento”, diz Schiavoni, com amplo conhecimento de causa. “Além disso, é preciso buscar a inovação”. Médias e pequenas se movimentam – A ficha já caiu para a maioria das pequenas e médias do setor. Situada na 51a posição do ranking do Anuário da Comunicação Corporativa, a Ink Comunicação, que chegou a ser sondada para aquisição por duas grandes concorrentes nacionais, entre 2018 e 2019, vem recorrendo a compras para crescer e ganhar visibilidade. Após três tentativas frustradas no fim da última década, a agência fechou dois negócios em um intervalo de 12 meses: arrematou a Market21, em março de 2022, e assumiu, no fim do primeiro trimestre deste ano, o controle da Nyo, criada em 2019 por Armando Yamada (ex-RMA), que se tornou sócio e diretor de atendimento da compradora. “Com as duas operações, elevamos nossa carteira de 32 para 50 clientes e ganhamos espaço em novos ramos de atividade – caso de logística, uma das especialidades da Nyo”, diz o fundador e CEO Raul Fagundes Neto. “Como o mercado de RP segue em consolidação, temos de crescer e investir em tecnologias digitais. A estratégia de aquisições é elemento central nesse projeto”. Há quase 20 anos na estrada, a Ink ampliou a oferta de serviços digitais durante a pandemia da Covid-19. O gerenciamento de redes sociais e campanhas de geração de demanda são duas das modalidades mais requisitadas na área pelos clientes da casa, que já se debruça sobre tecnologias e ferramentas de inteligência artificial. Outra frente promissora são contas públicas. “Começamos com conselhos regionais de arquitetura e contabilidade e hoje temos quatro contas médias no segmento”, diz Fagundes, que traça planos de expansão na seara: “Estamos prospectando contas de médias para grandes no Sul, Sudeste e Distrito Federal.” Na contramão de boa parte do mercado de RP, a paulista Midiaria.com navega com desenvoltura na área digital, que foi o seu berço. Em operação desde 2014, a agência paulista teve origem em um blog homônimo lançado em 2010 por seus sócios-fundadores, Kleber Pinto e Lucas Lima, ancorado no WordPress, sistema aberto de gestão de conteúdos. Às atividades iniciais do negócio, casos do marketing digital e da criação de blogs para empresas e executivos, foram se somando outras mais corriqueiras, como assessoria de imprensa, promoção de eventos, produção de conteúdos e podcasts, e desenvolvimento de campanhas de mobiliário urbano. “A ampliação do leque de serviços foi uma demanda apresentada pela clientela, que vem crescendo. Hoje, temos cerca de 30 contas, das quais 70% são ligadas a tecnologia, incluindo três do exterior”, diz Pinto, que é professor de cursos de pós-graduação em marketing do Centro Universitário Belas Artes de São Paulo e da Faap (Fundação Armando Álvares Penteado). Aquisições não figuram nos planos da casa. A agência, que já recebeu sondagens para entendiRaul Fagundes Neto, fundador e CEO da Ink Comunicação
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