Anuário da COMUNICAÇÃO CORPORATIVA | 2023 279 do País. O argumento para o corte era de fundo moralista, apelando para a redução de custos. Alegava-se também que as embaixadas e representações consulares dariam conta da necessidade de comunicação. Mas o Itamaraty não prepara seus diplomatas para trabalhar em comunicação e nem tem adidos ou assessores em todas as representações no exterior. E a falta de comunicação com o mundo ficou patente, enquanto no Brasil os canais com as mídias eram bloqueados e praticamente toda a comunicação de governo saía das postagens nas mídias sociais e das conversas com apoiadores do presidente no famoso cercadinho do Alvorada. Enquanto isso, as áreas de comunicação dos ministérios eram ocupadas por militares. Foi na segunda metade do Governo Bolsonaro que os investimentos em comunicação corporativa e digital voltaram a ser feitos, com novas licitações – inclusive uma nova conta internacional, desta vez atendida pela FSB –, renovação de contratos que estavam sendo mal aproveitados e apoio da Secom para uma iniciativa parlamentar de regulamentação das licitações. Mas era tarde demais. Os ataques à imprensa e aos jornalistas continuavam
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