Anuário da COMUNICAÇÃO CORPORATIVA | 2023

Anuário da COMUNICAÇÃO CORPORATIVA | 2023 27 Os editores deste Anuário enviaram, por e-mail, cinco perguntas às agências que apoiaram a produção da publicação e deixaram aberta a possibilidade de receber as respectivas respostas ou um artigo pertinente aos objetivos da matéria. Teremos, portanto, ao longo das próximas páginas, textos editados pela equipe do Anuário e outros autorais. As perguntas que contribuíram para gerar o conteúdo foram as seguintes: 1. Como foi o ano de 2022 para a organização em termos de negócios e na comparação com os últimos exercícios? 2. Quais os desafios mais relevantes enfrentados (negociações, mão de obra, concorrências etc.) e como eles impactaram o desempenho da organização no último ano? 3. E como têm sido os primeiros meses de 2023? Como esperam fechar o ano? 4. Qual a avaliação geral sobre o atual estágio do segmento das agências de comunicação, considerando a evolução dos últimos anos, e que mudanças consideram necessárias para o setor continuar avançando e se fortalecendo? 5. A inteligência artificial e as novas tecnologias que buscam substituir o homem pela máquina têm provocado gigantescas mudanças no ambiente da comunicação, inclusive corporativa. E os algoritmos estão aí mudando a vida, o comportamento humano, os negócios, trazendo consigo sérias questões éticas e profissionais. Qual o olhar de vocês sobre esse fenômeno e que impactos considera que ele traz para os seus negócios e para a nossa atividade? Com essas questões, procuramos conduzir os profissionais que atuam na comunicação corporativa à leitura das condições de evolução da atividade no País, diante de singulares cenários econômicos, políticos e sociais. Nossa pauta foi baseada nas velozes transformações no campo da comunicação, que multiplicam as possibilidades de conexão, vínculo e diálogo entre empresas, instituições, governos e seus interlocutores. Para que tivéssemos alguma profundidade na análise, limitamos o período de tempo a ser observado: os desafios enfrentados em 2022 – com eleições presidenciais e estaduais, ataques à Democracia e invasão da Ucrânia pela Rússia – e as expectativas para 2023, ano que começou marcado por intenso debate sobre a disseminação da desinformação e dos discursos de ódio e de medo nas redes digitais. As perguntas foram respondidas pelos empresários e executivos e a grande maioria expressa otimismo ao relatar os planos para 2023, ao mesmo tempo em que, paradoxalmente, mostra que há uma pressão terrível sobre a produtividade e a rentabilidade dos negócios, fruto de achatamento dos fees, da elevação do custo de mão de obra, de prazos exíguos de pagamento e de concorrências nem sempre justas e éticas, entre outras razões. De todo modo, a percepção é da prevalência por olhar o lado cheio do copo. Para boa parte das agências o ano começou com número surpreendente de concorrências e consultas para novos trabalhos, além da intensificação e expansão das atividades nos clientes mantidos. Algumas dessas agências já apontam para a ampliação de serviços e a abertura de novas áreas de especialização, relacionadas, sobretudo, a linguagens digitais e ciência de dados. Os relatos, no entanto, também demonstram certa cautela. É evidente a preocupação com as indefinições econômicas em nível global, que persistem após o longo período da pandemia da Covid-19. Aliás, questões importantes que envolvem os efeitos da pandemia no comportamento humano foram abordadas com frequência pelos entrevistados, como o complexo processo de adaptação dos colaboradores ao trabalho no formato híbrido (online e presencial) e a imprescindível manutenção da saúde mental.

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