Anuário da COMUNICAÇÃO CORPORATIVA | 2023

Anuário da COMUNICAÇÃO CORPORATIVA | 2023 248 DIVERSIDADE, EQUIDADE E INCLUSÃO cais e globais, a ação partiu dos próprios funcionários, o que torna o grupo ainda mais representativo”, explica Claudio Aquino, diretor de Recursos Humanos da Edelman no Brasil. “O time de RH tem a função de coordenar as atividades. Temos um grupo totalmente plural e com conhecimento nos pilares de raça, gênero e deficiência, capaz, inclusive, de prestar consultoria para os clientes. Contamos ainda com a liderança global para encampar as estratégias de diversidade, equidade e inclusão no ambiente de trabalho, e que também apoia a consultoria a clientes”. Situação similar se dá no Publicis Groupe, que em 2012 lançou globalmente em suas operações o grupo de afinidade Égalité, composto por pessoas da comunidade LGBTQIAP+ e seus aliados. Seis anos mais tarde, em 2018, o projeto ganhou uma divisão especial para o Brasil, que conta atualmente com mais de 100 pessoas dentro de todas as agências do grupo, incluindo a MSL Andreoli, especializada em PR. “É uma iniciativa que vem ajudando a construir, de forma colaborativa e inclusiva, diversas ações educacionais, informativas e inspiradoras para garantir que a jornada das pessoas LGBTQIAP+ seja positiva não só no mercado de trabalho, mas também na sociedade”, explica Mariana Lima, gerente de contas e colíder do Égalité Brasil. “Hoje, no Brasil, o Égalité promove uma série de ações, como talks educativos recorrentes, rodas de conversa abertas para colaboradores e reuniões semanais para levantar os temas mais relevantes para a melhoria e o aprendizado em todas as áreas das agências. O grupo no Brasil também atua em alinhamento com o Égalité global, trazendo para o nosso País iniciativas importantes, que contribuem para as pautas locais, como o Shine On, evento dedicado a celebrar a Trans Awareness Week internacionalmente”. Mas ações de diversidade não são exclusivas apenas dos grandes grupos internacionais e suas operações brasileiras. Fundada em 2002 por Kelly Boscarioli, a KB!Com Comunicação é um exemplo interessante de diversidade aplicada em agências locais de menor porte, mas com impacto direto em seu quadro diretivo, atendendo, assim, à demanda de quem cobra maior inclusão e diversidade também entre os tomadores de decisão. É o caso, por exemplo, do diretor de Atendimento Rogério Porto, homem preto e deficiente auditivo. “A diversidade já fazia parte do nosso time, mesmo que isso não tenha sido planejado de forma organizada por um comitê”, relembra. Ainda assim, segundo ele, a necessidade de se ajustar ao mercado, aliada à conscientização interna, fez com que a agência lançasse no começo do ano seu Comitê de DEI. “Percebemos, no dia a dia, a necessidade de adoção de um posicionamento genuíno, que não passa por preocupações com imagem política. Além disso, por sermos uma empresa que trabalha com comunicação, essa importante ferramenta humana, é nosso papel dar voz a questões urgentes e contribuir com o alinhamento da informação em circulação pela sociedade. O alcance, claro, é limitado, mas temos consciência de que o que produzimos e publicamos impacta a vida das pessoas”, completa. “Profissionais diversos trazem olhares diversos e ângulos de interpretação que se complementam”, acrescenta Luís Henrique Amaral, sócio-diretor da Analítica. “Em se tratando de comunicação, entendemos que ter a sociedade representada em todas as suas nuances, de maneira afirmativa e autêntica, faz com que as entregas aos clientes sejam mais ricas e completas. Além disso, ganha a agência, por ter profissionais que convivem num ambiente de troca, aprendizado e de respeito mútuo”. Os benefícios de criar espaços fixos de discussão e letramento dentro das agências são muitos, Claudio Aquino, diretor de Recursos Humanos da Edelman no Brasil

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