Anuário da COMUNICAÇÃO CORPORATIVA | 2023

PESQUISA MEGA BRASIL 2023 Anuário da COMUNICAÇÃO CORPORATIVA | 2023 202 Ainda que a amostra da Pesquisa Mega Brasil não seja probabilística, o que vestiria os resultados com os artefatos estatísticos ortodoxos que permitem a expansão dos resultados para todo o universo da categoria estudada, no nosso caso − o conjunto das agências de comunicação no Brasil − essa é uma amostra bastante sólida para nos permitir inferir sobre a movimentação nesse setor. Isso porque, desde 2009, a amostra mantém uma dimensão nos mesmos patamares, a participação da maioria das grandes e médias agências, a integração de empresas de todas as regiões do País, e, principalmente, a permanência dos participantes nas várias edições desse levantamento em grau bastante elevado, o que consolida essa amostragem quase que como um painel de monitoramento dos movimentos do mercado. Assim, é relevante destacar a movimentação da proporção de porte das agências, que, desde há cinco anos, vem registrando o crescimento das empresas classificadas como de médio e grande portes (faturamento entre R$ 4,8 e R$ 20 milhões), concomitantemente ao decréscimo da participação das de micro e pequeno portes (faturamento até R$ 1 milhão). Esta edição da Pesquisa indica a superação da proporção das agências de médio porte frente a essas com faturamento de até R$ 1 milhão. É mais uma indicação de consolidação e expansão do mercado de comunicação corporativa no País. Também os índices de desempenho anual apresentam resultados bastante positivos, com um nível recorde de crescimento, a exemplo do desempenho global do setor. As médias de faturamento por cliente e por colaborador subiram tanto para o recorte das 50 maiores agências como no cômputo geral de todas as agências pesquisadas. A elevação desses índices entre as 50 maiores agências pesquisadas supera o índice de crescimento global do setor; e o indicador de faturamento por colaborador atinge a marca de 46,06% de alta, apontando também para alterações significativas no campo da produtividade nas agências, no que o modelo de trabalho em home office e intensificação dos contatos profissionais virtuais podem ser parte da explicação. Também para o total de agências, incluindo as micro e pequenas empresas, o crescimento desses índices foi bastante intenso: 21,85% no faturamento por cliente e 24,88% no faturamento por colaborador. Do total de agências pesquisadas, 76,0% indicaram que o faturamento anual cresceu, 13,6% que ficou igual e 10,4% que teve queda, todos índices muito próximos dos registrados na última edição dessa pesquisa. As alterações mais significativas estão concentradas nas respostas das 50 maiores, em que 12,0% indicam queda no faturamento (2021), contra 0,00% no ano anterior (2022), e 70,0% indicam crescimento, contra 90,0% na edição passada. Se 2021 foi um ano de recuperação, 2022 apresenta resultados bastante sólidos de consolidação dessa recuperação e de crescimento, onde ocorreu, bastante intenso. Para as maiores, crescer a partir de patamares mais elevados, como os alcançados em 2021, exige mais tempo e mais riscos, mas também nesse segmento os números devem ser vistos como bastante alvissareiros. Para 81,9% das agências pesquisadas as expectativas com o desempenho alcançado ficaram dentro das expectativas ou as superaram, registrando uma avaliação positiva sobre o percurso empresarial de 2022. 1.2.2 - Indicadores de porte e desempenho

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