Anuário da COMUNICAÇÃO CORPORATIVA | 2023

Anuário da COMUNICAÇÃO CORPORATIVA | 2023 16 ABRACOM dos nos contratos de prestação de serviço entre agências e clientes. Em nosso dia a dia, percebemos que aumenta exponencialmente a complexidade do nosso trabalho, à medida que se tornam mais autônomos e sofisticados os meios de comunicação “não tradicionais”, principalmente nos meios digitais. A origem do conteúdo não é mais previsível e controlada, e isso traz um grande desafio às agências. Vemos o crescente uso de narrativas que fluem de modo personalizado, atraindo consumidores pelas emoções. Nesse contexto, as empresas que conseguem personalizar a sua comunicação para atender às necessidades e desejos individuais de seus públicos tendem a ser mais bem-sucedidas do que aquelas que adotam uma abordagem única para todos. E temos aí o conceito de personas, que é usado na adoção das estratégias de marketing e de branding de conteúdo digital. As agências desenvolvem conteúdo relevante e valioso para educar, para informar e para engajar consumidores, mas agora de maneira transmidiática. Do mesmo modo, contamos com outros modelos de comunicação espontânea, que incluem novas estratégias voltadas para o posicionamento de lideranças. São ações como o Though Leadership, voltado para o C-Level das empresas, e uso massivo de blogs, infográficos, dashboards, vídeos, webinars, e-books, podcasts e outros tipos de formatos de conteúdo. Entretanto, à medida que a tecnologia e as necessidades dos consumidores continuam a evoluir, é importante que as agências se adaptem e inovem em seu portfólio de soluções para permanecerem relevantes e eficazes. Desse modo, a comunicação corporativa e o ESG (Environmental, Social and Governance) estão cada vez mais interligados. Para nós, profissionais da comunicação, o ESG não é uma sigla, mas um conjunto de práticas de comunicação e de métricas que medem, mas, simultaneamente, comunicam e avaliam o desempenho das empresas em relação a questões ambientais, sociais e de governança. E essas são apenas algumas das contribuições importantes que podem ajudar a moldar o futuro da comunicação corporativa. Portanto, é crucial que agências preparem seus profissionais, valorizem seu trabalho e comuniquem de maneira transparente seu papel de consultoria ética e implementação eficiente. Conteúdos proprietários e de mídia espontânea estão mais acessíveis. É por isso que a famosa expressão walk the talk faz mais sentido do que nunca. As práticas de diversidade, equidade, inclusão, excelência e governança precisam ser comunicadas pelas agências para os clientes e, internamente, entre lideranças e equipes, em um movimento de olhar para fora e para dentro. Por tudo isso, temos apostado em uma transformação significativa da nossa própria atuação nos últimos anos. Chegamos aos primeiros 21 anos da entidade construindo uma base sólida de representatividade do setor, com um claro movimento para integrar as associadas, fornecer informações, recursos e suporte para ajudar a promover a colaboração, a inovação e o avanço do setor das agências de comunicação. Operamos como porta-vozes do setor junto ao governo, aos reguladores, a associações parceiras, às empresas e a outros stakeholders para defender os interesses das agências de comunicação. Contudo, não podemos ignorar que existem diversos fatores cruciais para a expansão do nosso setor no Brasil: • Inovação: as agências de comunicação precisam estar sempre atentas às inovações tecnológicas e às novas tendências do mercado, buscando oferecer soluções criativas e eficientes para seus clientes. • Qualidade dos serviços: para se destacarem no mercado, as agências precisam oferecer serviços de alta qualidade, com resultados efetivos e mensuráveis. Isso exige uma equipe qualificada e capacitada, além de uma gestão eficiente e focada na entrega de valor aos clientes. • Conhecimento do mercado: as agências

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