Anuário da COMUNICAÇÃO CORPORATIVA | 2023 155 O ano de 2021 já havia sido histórico para as agências de comunicação, que faturaram naquele exercício R$ 3,7 bilhões, crescendo expressivos 23,92% na régua nominal e 13,9% na real, descontada a inflação do período, que foi de 10,06%. A manchete do Anuário de então, em 2022, anunciou em letras garrafais: “A caminho dos R$ 4 bi”. E o parágrafo inicial sentenciou: “Vai entrar para a história o desempenho das agências de comunicação em 2021, mas a boa notícia é que, muito provavelmente, esse recorde vai durar apenas um ano, porque o setor continua em forte ritmo de expansão e tudo faz crer em novo recorde na próxima temporada”. Não foi profecia e muito menos vaticínio, apenas a constatação de um fato em andamento prognosticado por nove entre dez empresários do setor, para usar um número pessimista. E os resultados estão aí, sólidos, claros e límpidos, dando conta de que os indicadores de desempenho das agências de comunicação em 2022 foram, de fato, impressionantes. Trata-se de um recorde ainda maior que o recorde histórico de 2021. O conjunto de agências do País faturou, em 2022, R$ 4,88 bilhões, contra os R$ 3,71 bilhões de 2021, abrindo um crescimento nominal de 31,46% e real de 25,67%, ao se descontar a inflação medida pelo IPCA em 2022, de 5,79%. O salto em reais foi de R$ 1,17 bilhão. É possível, e até provável, que esses números deixem os dirigentes do setor estupefatos, pois, mesmo com bons desempenhos individuais, nem sempre se tem dimensão do que acontece com o conjunto. E aqui está a principal explicação do que se deu com o segmento das agências em 2022. Nove entre dez das grandes agências fecharam o ano no azul Querem um exemplo incontestável e acachapante? Vamos a ele: 90% das grandes agências que declararam seu faturamento cresceram em 2022. Ou seja, 53 das 59 maiores do País, que respondem por algo entre 75% e 80% da atividade, informaram na Pesquisa Mega Brasil com Agências de Comunicação 2023 que cresceram, algumas dobrando de tamanho, outras passando de um a dois dígitos ou de dois a três dígitos, em milhões. Essa informação é ainda reforçada por um outro indicador, o do número de colaboradores, que está publicado na página 167. Por esse indicador, 70% das 50 agências, no grupo das grandes e médias, que também são as maiores por número de colaboradores, indicaram crescimento. E o caro leitor ou a cara leitora quer saber quantas agências, entre essas grandes, fecharam no vermelho em relação a 2021? Zero! Das seis que sobraram, quatro mantiveram o mesmo desempenho e nas outras duas não foi possível comparar por não terem participado da Pesquisa em 2022. Mas mesmo essas duas viveram tempos de expansão, como os editores informalmente puderam constatar. As 900 agências que fazem parte do mainstream da atividade, compondo o Censo Oficial realizado em 2021, somadas às 600 micro e pequenas que, embora à margem do Censo, fazem parte e geram negócios de RP, comunicação corporativa e, em grande parte ainda, assessoria de imprensa, experimentaram, no seu conjunto, um avanço também no total de pessoas empregadas, que saltou de 17.023 em 2021 para 18.749 em 2022, expansão de consideráveis 10,14%. Ao olhar os números de faturamento e de empregos da atividade em 2022 fica claro que as agências de comunicação melhoraram consideravelmente sua produtividade, tendo em vista que o índice de crescimento em faturamento foi mais de duas vezes e meia maior que a elevação dos empregos diretos na atividade – 26,67% contra 10,14%. Nas análises das próximas páginas, feitas pelo diretor do Instituto Corda, Maurício Bandeira, estão todas as explicações e detalhes, mostrando como e por que essa expansão se deu. Grupos FSB, In Press, Hill+Knowlton e BCW superam três dígitos Os quatro principais grupos de agências do País, que aparecem no topo no Ranking deste ano de 2023, são os mesmos da edição anterior, com
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