Anuário da COMUNICAÇÃO CORPORATIVA | 2023 135 Fabiana Macedo: dedicação contínua à capacitação dos profissionais e manutenção da coesão da equipe e da chama da criatividade acesa, mesmo com uma operação híbrida O começo de 2023 está exigindo cautela da empresa. Para a gestora, “esses primeiros meses ainda não revelaram o que será o ano. A reação do mercado à mudança política, o rearranjo entre as empresas do mercado tecnológico, com muitas demissões, e a mais recente crise do sistema financeiro internacional parecem colocar bastante incerteza no cenário. Ou seja, mais do mesmo para quem empreende no Brasil. Então preferimos apostar no otimismo, apesar de tudo”, afirma. A cautela aparece quando Fabiana aborda o tema da inteligência artificial. “Já vimos muita disrupção de verdade e muita revolução anunciada que foi um fiasco. No nosso entender, a IA veio para ficar, mas no papel de uma ferramenta de apoio, que trará ganhos de produtividade importantes”. E acrescenta que “o negócio das agências de comunicação é baseado fortemente em relacionamentos, em encurtamento de distâncias, em ouvir, aproximar, entender, influenciar. E isso é tarefa de gente”. Preocupada com questões éticas advindas do uso de tecnologias, alerta para a importância de meios e fóruns para discutir os limites da IA. “Se fôssemos gestores da área de compliance, já estaríamos pensando em como acomodar essa nova área, assim como uma espécie de agência de checagem corporativa, dedicada a separar fake news do que é verdade. As empresas, ao que parece, ainda não acordaram para a ameaça que a fake news representa para a saúde de seus negócios”, assinala.
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