Anuário da COMUNICAÇÃO CORPORATIVA | 2023

Anuário da COMUNICAÇÃO CORPORATIVA | 2023 128 MERCADO DA COMUNICAÇÃO CORPORATIVA A boa e velha proximidade do cliente continua sendo um diferencial OBOÉ A Oboé Comunicação Corporativa faz parte da geração de agências que chegou ao mercado nos últimos cinco anos, período intenso de abertura de novos negócios. Como no instrumento que lhe dá nome e compõe as grandes orquestras, a Oboé posiciona-se como versátil, precisa e afinada. Esses atributos certamente ajudaram-na a registrar crescimento de 15% em 2022 na comparação com o ano anterior. De acordo com o seu fundador, Itacir Figueiredo Júnior, os números representam “a consolidação da recuperação pós-pandemia, em grande parte devido aos novos negócios e crescimento orgânico dentro de algumas contas”. Para Itacir, as agências e o mercado evoluíram sobremaneira e hoje conseguem oferecer entregas plurais e diversificadas, como nunca antes na história do setor. Diz ele que a Oboé está estruturada para essa movimentação, de olho nas principais tendências, para que os clientes recebam sempre o que há de mais atualizado. “Mas o que tem chamado a atenção”, ressalta, “é que a boa e velha proximidade do cliente continua sendo um diferencial, o entendimento do que ele precisa, quais são as suas reais demandas. Só assim conseguimos fazer o melhor uso de todos os recursos, entregar o melhor resultado”. Essa percepção de qualidade, no entanto, nem sempre fica evidente no momento da concorrência ou da contratação e isso é um fator de vulnerabilidade, que de certo modo enfraquece o setor. Itacir entende que é preciso unir agências e profissionais para promover um trabalho de melhoria no ambiente concorrencial. “As empresas necessitam ter mais segurança quando contratam. E as agências, por sua vez, precisam ser valorizadas com uma remuneração condizente com a qualidade do trabalho que executam”, afirma. Entre os principais desafios por ele apontados para as agências estão as negociações de contratos, superafetadas pela crise continuada dos últimos anos, que têm levado as marcas a reverem ou atualizarem parcialmente os fees, infelizmente num movimento descendente, que precisa ser estancado e revertido. Junto com os problemas concorrenciais, o empresário detecta um aumento significativo do turnover, especialmente de profissionais em início de carreira, “o que nos tem levado a reavaliar as formas de contratação e retenção desses jovens”, assegura. Quanto a 2023, a zona é ainda cinzenta. Itacir aponta um aumento no número de consultas e propostas encaminhadas, porém sem resultar em fechamento de contratos, o que ele atribui às incertezas ainda presentes na economia. Na metade cheia do copo está sua esperança de que isso mude, sobretudo quando o cenário interno se desanuviar e a economia e a política seguirem juntas na retomada de um crescimento consistente. Também no campo da tecnologia, as preocupações misturam otimismo e cautela. “Há, sem dúvida, um aumento de expectativa sobre para onde caminhamos e qual o impacto na comunicação. É importante, portanto, do ponto de vista do negócio, estar atento, mas não podemos esquecer que a comunicação ainda tem um fator humano fundamental, até para que possamos utilizar toda essa tecnologia da melhor forma e de maneira ética”, afirma Itacir. Itacir Figueiredo Júnior: empresas precisam ter mais segurança quando contratam; agências precisam ser valorizadas e remuneradas conforme a qualidade do trabalho que executam

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