Anuário da COMUNICAÇÃO CORPORATIVA | 2023 124 MERCADO DA COMUNICAÇÃO CORPORATIVA Deborah Jacob: os anos da pandemia levaram o setor de agências de comunicação a reinventar-se e conectar-se com novos meios de comunicação O ano de 2023 será centrado no conhecimento e na capacitação MACOB A jornalista Deborah Jacob, fundadora da Macob Communications, junta-se a nove entre dez gestores do setor na avaliação do que foi o ano de 2022 para as agências de comunicação. Para ela, o período significou o início da retomada das atividades presenciais com os clientes e, com isso, gerou um aumento na demanda por eventos e encontros de relacionamento com as mídias, além da continuidade das atividades institucionais de comunicação interna, que se ampliaram no período de pandemia e se mantiveram no movimento de retorno ao presencial. As atividades digitais também se mantiveram em alta com ações de comunicação integrada em diversas mídias. “Foi um ano de retomada das atividades de uma maneira mais completa, com mais oportunidades de propostas e novas demandas em treinamentos e mídias digitais”, afirma Deborah. A empresária também se alinha às avaliações sobre as dificuldades que marcaram 2022. “Muita incerteza até a definição das eleições. Após esse período, tivemos uma estabilização e isso permitiu avançarmos para novas demandas e oportunidades, dentro e fora da carteira de clientes”. Esse movimento positivo, que se acentuou no final do ano, continuou dando o tom para a Macob nos primeiros meses de 2023. “O mercado até aqui mostrou-se promissor e com demanda elevada”, analisa Deborah, que crê, sim, em um ano positivo e com um grande peso para transformação digital, como já tem acontecido nos últimos anos. Para ela, será também um ano focado no conhecimento, na busca por capacitação, na alta demanda por treinamentos e na contínua inserção das novas tecnologias e recursos digitais na comunicação. No fundo, no olhar de Deborah, vamos continuar esse permanente processo de reinvenção, que, impactado pelos anos da pandemia, obrigou o setor a conectar-se com novas tecnologias, novos veículos digitais de notícias, mídias sociais, influenciadores e também a conhecer e se aproximar de novas formas para trabalhar a comunicação ativa em meios como WhatsApp, redes sociais, podcasts, YouTube, entre outros. Essas são, nas palavras da diretora da Macob, “novas formas de comunicação, com narrativas mais próximas de cada tipo de público”. Ou, sintetizando ainda mais, “uma comunicação mais objetiva e dinâmica”. Obviamente que a chegada da IA tem tudo a ver com esse cenário, sendo um tempero ainda mais picante para os formuladores da comunicação. Seria isso mesmo? Para Deborah Jacob, a IA e as novas tecnologias são, de fato, boas aliadas na evolução do ambiente de comunicação, mas devem ser utilizadas com muito preparo e de maneira estratégica. “Temos que alinhar o melhor da IA na direção de gerar inovação, novas formas de pensar, para expor e valorizar a comunicação. A tecnologia é importante para ampliar o conhecimento e não para substituir cargos e pessoas. Trará, claro, mais automação e rapidez em muitas tarefas, sobretudo as mais repetitivas, liberando tempo para uma atuação ainda mais estratégica”.
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