Anuário da COMUNICAÇÃO CORPORATIVA | 2023 110 MERCADO DA COMUNICAÇÃO CORPORATIVA inclui desde planejamento de comunicação até prevenção e gerenciamento de crise. Os profissionais da casa produzem conteúdos multicanal, de artigos de opinião a vídeo, além de publicações impressas, eletrônicas e marketing digital com otimização de sites (SEO) e aplicativos. Planejamento, gestão e alimentação de redes sociais completam o cardápio. Essa seleção de serviços traduz-se em um viés que chama a atenção – a fidelidade dos clientes. Alguns contam com apoio da agência praticamente desde que ela foi formada, em 2004. Entre clientes longevos da butique, que oferece personalização de serviços como um de seus pontos mais fortes, estão incluídos nomes como Stefanini e ABF (Associação Brasileira de Franchising) – há contratantes que voltaram à casa pelo menos três vezes, em empresas diferentes. O mesmo ocorre em relação aos profissionais: Luciana Abritta, por exemplo, compôs a equipe da agência desde sua fundação até 2010 e, depois de um intervalo de dois anos, voltou à casa em que permanece até hoje. Outro destaque é a dedicação à formação contínua. Da origem profissional como jornalista especializada em negócios, Debora recebeu no início do ano uma nova certificação para enriquecer o currículo pessoal – Master Classes – Executivos de Valor da FGV (Fundação Getulio Vargas). Mais uma prática que rende aprendizado, graças à troca, é a de liderar palestras, grupos e mediação de discussões, o que está relacionado à importância da comunicação em um mundo cada vez mais conectado. Na avaliação de Debora, essa importância reflete-se no desempenho do setor, que ganha força à medida que as mídias também se fortalecem. Ela acredita que de agora em diante a imprensa, de forma geral, resgatará sua credibilidade e voltará a crescer, exigindo mais atenção. “As empresas nunca estiveram tão expostas à opinião pública”, avalia. Por causa disso, ressalta que quem ainda não tem uma área de comunicação estruturada corre sérios riscos, uma vez que agora a potencialização dos riscos multiplicou-se e tem origem nas mais diversas fontes, caso de ataques cibernéticos, redes sociais, consumidores e novas legislações. Mas o mercado contratante parece estar atento a isso. Em 2022, o faturamento da Dfreire cresceu 20% em relação ao ano anterior, atendendo ao planejamento feito para o ano e considerando que 2021 havia sido um ano difícil, principalmente por causa das renegociações ao longo do período mais acirrado da pandemia. Naquele ano, o faturamento de R$ 3,7 milhões levou a agência ao 10º lugar no ranking do segmento das butiques, uma posição acima daquela ocupada no ano anterior. Por isso, de acordo com Debora, 2022 foi dedicado à melhoria da gestão e, principalmente, dos processos instaurados dois anos antes. “Uma vez decidido o modelo híbrido de trabalho, a gestão precisou de mais atenção no período”, exemplifica. Já para 2023, a empresária observa que o ano iniciou com muita demanda para novos projetos, embora diversas empresas estejam adiando investimentos e pedidos. Mesmo assim, as perspectivas são positivas. “A expectativa é continuar crescendo acima da inflação para recuperar as margens, muito pressionadas com os aumentos dos custos de operação”, explica a empresária. Debora Freire: o crescimento de 20% em 2022 absorveu boa parte do impacto das renegociações feitas para enfrentar a crise da pandemia
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