Anuário da COMUNICAÇÃO CORPORATIVA | 2022 91 Os 12% de crescimento que a agência obteve em 2021 têm muito a ver com esse perfil de butique e de atendimento personalizado, que, segundo ele, foi fundamental para manter a agência firme. “Os últimos dois anos foram particularmente desafiadores. De um lado, por exigirem uma atuação junto aos clientes – empresas e jornalistas – num ambiente fortemente estressado. E, de outro, porque foi um período em que decidimos promover uma nova reformulação na empresa, a quinta em 30 anos de atividades. E uma das coisas que entrou no nosso radar foi o aprimoramento da prospecção, pois queremos ampliar os negócios e os clientes, a partir de um maior e melhor conhecimento deles da nossa capacidade de trabalho e de mercado”. Entre os investimentos e mudanças em curso, Cleinaldo cita a consultoria de neurobusiness (“para azeitar nossa abordagem no mercado”), a reorganização de processos, os cuidados especiais com o time de colaboradores e a migração da empresa para a “nuvem”. Com tudo isso, o esperado é um crescimento de 10% ao final do primeiro ano da transição e de até 25%, no segundo. Bons, como diz seu fundador, em atender empresas que lidam a todo tempo com good and bad news, a agência oferece serviços como prevenção e administração de crises, defesa de interesses junto à mídia, reorganização de planos de comunicação, integração de equipes de comunicação, marketing e branding e, sobretudo, mentoria de posicionamento de executivos em postos de comando. “A franqueza em traduzir o momento de um cliente e a capacidade em lidar com temas complexos de forma simples sempre foram nossos principais diferenciais”, diz Cleinaldo, “e, a partir deles, pudemos construir pontes relevantes entre a imprensa e fontes de informação que temos capacidade de tornar únicas”. Cleinaldo avalia que os próximos anos serão marcados por forte onda de mudanças. Uma delas seria as médias e grandes agências revisarem as formas de atuação, inclusive atraindo para parcerias estratégicas especialistas seniores que atuam de forma independente. “A qualificação de profissionais está num momento crítico, seja pela prevalência da tecnologia sobre a inteligência relacional, ou mesmo de especialização em detrimento de conhecimentos gerais sobre riscos e contingências dos negócios. Essa carência de profissionais com efetivas vivências para atender clientes cada vez mais jovens pode determinar, em breve, uma nova maneira de se fazerem negócios, nessa cadeia que é integrada por médias e grandes agências, consultorias butiques e/ou especializadas e vários atores independentes”. Ele entende ser um equívoco supor que todos são concorrentes de todos: “Basta olhar sem preconceitos para ver que podem, muitas vezes, trabalhar juntos. Dito isso, o que distingue o meu trabalho de outros players, independentemente do porte, é a capacidade de conduzir os clientes para fora do ambiente mental de conflitos, para que possam avançar com seus negócios de forma segura”. Cleinaldo Simões
RkJQdWJsaXNoZXIy NDU0Njk=